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O chanceler do Uruguai, Omar Paganini, disse nesta quinta-feira (5) que todos os países do Mercosul estão a favor do texto que estabelece um acordo de livre comércio entre o bloco e a União Europeia.
A confirmação oficial do acordo deve ocorrer nesta sexta-feira (6), durante a reunião dos líderes dos blocos na cúpula do Mercosul, que está sendo realizada em Montevidéu, Uruguai.
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As negociações, que estavam paralisadas desde que um princípio de acordo foi alcançado em 2019, foram retomadas nos últimos meses a pedido da Comissão Europeia, responsável pela política comercial da UE.
A presidente da Comissão Europeia, Ursula Von der Leyen, que viajou ao Uruguai para participar das reuniões, afirmou que a conclusão do acordo comercial “está à vista”. Em suas redes sociais, ela destacou a importância do acordo, que criaria um mercado de 700 milhões de pessoas.
No entanto, tensões na Europa ainda podem interferir na conclusão do acordo. A França, em particular, tem levantado críticas significativas.
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O presidente francês, Emmanuel Macron, classificou o acordo em seu estado atual como “inaceitável” e reiterou a necessidade de defender a soberania agrícola do país. Essa posição pode complicar as negociações, já que a França é um dos principais membros da União Europeia.
Apesar das críticas, a pressão sobre a Comissão Europeia tem aumentado para que uma decisão seja tomada em relação ao acordo.
A diretora geral de Comércio da Comissão Europeia, Sabine Weyand, afirmou que as discussões estão em andamento “a nível político”, indicando que a fase técnica das conversações pode estar chegando ao fim.
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A expectativa é que a ratificação do acordo ocorra nos parlamentos dos 31 países envolvidos.
O acordo entre Mercosul e União Europeia visa reduzir ou eliminar tarifas de importação e exportação entre os dois blocos.
As negociações começaram em 1999, e o termo foi assinado em 2019, mas desde então tem passado por revisões e exigências adicionais, principalmente da parte da UE, em resposta à pressão de agricultores dos países-membros.