CFO da Petrobras: oferta bem-sucedida de títulos globais mostra confiança na estatal

Emissão atingiu um volume de US$ 1 bilhão com cupom de 6,00% ao ano, preço de 98,128%, um rendimento de 6,25% ao ano

Felipe Moreira

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A volta da Petrobras (PETR3;PETR4) ao mercado global para fazer uma oferta em títulos em dólar após mais de um ano e com spreads (diferença entre o preço de compra e o preço de venda) baixos simboliza a confiança na estatal. Essa é a visão de Fernando Melgarejo, diretor de Finanças e Relacionamento com Investidores (CFO) da Petrobras, em entrevista ao InfoMoney. O CFO também destacou a forte demanda pelos títulos, que ultrapassaram em mais de 3 vezes a oferta.

A companhia anunciou nesta manhã ter concluído a oferta de títulos no mercado de capitais internacional (Global Notes), no valor de US$ 1,0 bilhão (ou R$ 5,61 bilhões, levando em conta o fechamento de sexta-feira), com vencimento em 2035, por meio da sua subsidiária integral Petrobras Global Finance B.V. – PGF.

Segundo o comunicado, a emissão atingiu um volume de US$ 1 bilhão com cupom de 6,00% ao ano, preço de 98,128%, um rendimento de 6,25% ao ano e um vencimento em 13 de janeiro de 2035. Os pagamentos de juros serão semestrais, começando em 13 de janeiro de 2025.

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A operação foi precificada no dia 03 de setembro de 2024 e apresentou, para o referido prazo de emissão, o menor diferencial de taxa (ou o spread) sobre os títulos da República desde 2006 e o menor spread sobre os títulos do Tesouro Norte-Americano desde 2011.

Além disso, segundo comunicado, a demanda aproximada foi 3,2 vezes superior à oferta, com mais de 180 ordens de investidores da América do Norte, Europa, Ásia e América Latina.

Ao InfoMoney, o CFO da Petrobras ainda explicou que a “emissão foi feita para realizar o pré-pagamento das dívidas mais caras”. O diretor ressaltou que o custo da emissão foi 0,38 ponto percentual inferior da emissão de julho do ano passado.

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Com relação à perspectiva de queda do petróleo e o nível da dívida, conforme César Rosa, gerente financeiro da estatal, a empresa trabalha com vários cenários, incluindo o de petróleo mais baixo. Nesse sentido, “os projetos tem que se mostrar robustos e economicamente viáveis, para se manter de pé em cenários de brent mais baixos”, completa.

Fernando Melgarejo, diretor de Finanças e Relacionamento com Investidores da Petrobras (Divulgação : Petrobras)

Para referência, o custo de extração médio da Petrobras é de US$ 25 o barril, bem abaixo da cotação de US$ 72 por barril do petróleo tipo Brent.

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