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SÃO PAULO – Após encontro com o CFO (Chief Financial Officer) da Cetip (CTIP3), André Milanez, o Itaú BBA manteve recomendação de compra das ações da companhia, com um preço-alvo de R$ 34,50 para setembro de 2012, o que configura um potencial de valorização de 46,81% em relação ao fechamento dessa sexta-feira (30).
Segundo os analistas Alexandre Spada, Regina Sanchez e Thiago Batista, os principais fatores para apoiar a recomendação é devido ao bom grau de alavancagem da empresa, o bom grau de proteção de seus produtos em relação à inflação e um ambiente regulatório favorável. Do lado negativo, os analistas apontam que uma grave recessão na economia pode ser um risco para a companhia, afetando a sua atuação no segmento de financiamentos imobiliários.
Até então, o impacto das mudanças sobre a cobrança do IOF (Imposto sobre Operações Financeiras) no mercado cambial tem sido limitado, o que foi considerado positivo para os analistas. Segundo os dirigentes da Cetip, aproximadamente 40% das negociações no mercado de balcão estão relacionadas ao câmbio. Porém, o volume de transações não caiu com a adoção dessa medida pelo governo.
De acordo com o Itaú, Milanez não espera aumento nos custos no quarto trimestre de 2011 devido a mudanças na política de remuneração da companhia, apesar de haver um natural aumento das despesas com pessoal nos últimos trimestres. Se esse resultado se confimar, será divergente do ocorrido em 2010, quando houve expansão de 28% em relação ao trimestre anterior.
Parceira ou aquisição do BRIX
No momento, eventuais oportunidades de negócios estão em curso entre os executivos da Cetip e os membros da ICE (Intercontinental Exchange), após a aquisição de parte do capital da empresa brasileira pela ICE.
Para Spada, Regina e Batista, uma futura parceria ou aquisição da BRIX (plataforma eletrônica de negociação de energia elétrica) pela Cetip é muito provável, chamando atenção para o fato de que a ICE já possui participação nessa plataforma, juntamente com Eike Batista e outros poucos idealizadores. Porém, a Cetip afirma que não tem a intenção de competir diretamente com a BM&F Bovespa (BVMF3).
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Mudanças de estratégia na GRV
A Cetip também anunciou que pretende aumentar a parcela de mercado de 68% para 80% no segmento de atuação da GRV até o final de 2012. Porém, os analistas não esperam aumentos na participação no curto prazo.
A corretora contratou uma consultoria para readequar sua estratégia em relação ao segmento de financiamento imobiliário. Segundo analistas,o GRV Imobiliário não é um produto de curto prazo, e uma nova medida a ser tomada seria a de implantá-los em menores regiões, ao invés de lançar em âmbito nacional.