Cesta básica de SP fica 2,45% mais cara em março, aponta Dieese

O valor da cesta foi de R$ 267,58, o maior entre as 17 capitais pesquisadas e R$ 6,45 mais caro do que o da segunda colocada

Diego Lazzaris Borges

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SÃO PAULO – O preço da cesta básica de São Paulo registrou aumento de 2,45% no mês de março, de acordo com pesquisa realizada pela Fundação Procon-SP, em convênio com o Dieese (Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos), e divulgada nesta terça-feira (4).

No mês passado, os paulistanos pagaram R$ 267,58 para comprar os produtos essenciais. Com o aumento, São Paulo continua tendo a cesta mais cara do País, ficando R$ 6,45 à frente da segunda colocada (Porto Alegre).

Quedas e altas
De acordo com a pesquisa, a elevação no preço da cesta foi consequência, principalmente, do aumento do preço do tomate (19,25%) e da batata (9,55%). As demais altas ocorreram no feijão (5,92%), manteiga (3,22%), óleo de soja (2,17%), banana (0,86%), leite (0,41%) e café (0,31%)

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Na direção oposta, quatro itens apresentaram redução de preços, com destaque para o açúcar, com 3,98% de baixa. Em seguida, aparece a carne (-1,84%), farinha de trigo (-1,55%) e arroz (-0,52%), enquanto o pão permaneceu estável.

Doze meses
No acumulado de abril de 2010 a março de 2011, oito produtos ficaram mais caros: o óleo de soja (25,89%), a carne (21,68%), a farinha de trigo (19,55%), o feijão (15,66%), a banana (10,33%), o pão (9,56%), o leite (4,12%) e o café (2,23%).

Outros cinco produtos tiveram os preços reduzidos neste período: a batata (-29,05%), o tomate (-10,56%), o açúcar (-9,21%), a manteiga (-9,90%) e o arroz (-7,28%).

Comprometimento da renda
Com o valor de R$ 267,58, o custo médio da cesta básica tomou 53,37% do salário mínimo líquido do trabalhador da cidade de São Paulo, já deduzida a quantia recolhida à Previdência Social. Em fevereiro, o comprometimento era de 52,57% e, há um ano, de 54,08%.

Ainda de acordo com o Dieese, o paulistano remunerado pelo salário mínimo teve de cumprir uma jornada de 108 horas e 01 minuto para adquirir todos os produtos essenciais, tempo maior do que o verificado um mês antes, quando foram necessárias 106 horas e 24 minutos de trabalho. No mesmo período do ano passado, o tempo era de 109 horas e 27 minutos.

Diego Lazzaris Borges

Coordenador de conteúdo educacional do InfoMoney, ganhou 3 vezes o prêmio de jornalismo da Abecip