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SÃO PAULO – O noticiário da noite desta quinta-feira (23) é bastante agitado, com destaque para a destituição do presidente da Usiminas e a troca de conselheiro da Petrobras. Já a JBS se tornou alvo de uma ação coletiva nos Estados Unidos, enquanto a BRF, segundo informações da Reuters, está quebrando ovos para reduzir a produção de frangos. Confira os destaques:
Usiminas (USIM5)
O conselho de administração da Usiminas mudou nesta quinta-feira o comando da companhia pela segunda vez em um ano, ao afastar o presidente-executivo e promover Sérgio Leite, da diretoria comercial, para o comando da produtora de aço, afirmaram três fontes com conhecimento do assunto à Reuters.
Por maioria de votos, o conselho de 11 membros da Usiminas afastou o executivo Rômel Erwin de Souza da presidência, em mais um capítulo da disputa pelo controle da companhia travada pelos grupos Techint e Nippon Steel desde 2014. Souza é defendido pelo grupo japonês enquanto Leite é apoiado pelo grupo italiano.
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A votação desta quinta teve apoio, além dos três conselheiros indicados pela Techint, do conselheiro representante de minoritários e dos dois conselheiros aprovados pelo Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade). A mudança na diretoria tem efeito imediato, disseram as fontes.
A votação marcou uma repetição de resultado semelhante ocorrido em maio do ano passado, quando o conselho elegeu Leite para o lugar de Souza, em uma decisão que acabou sendo revertida na Justiça em outubro, após processo aberto pela Nippon Steel.
Desta vez, o conselho da Usiminas afastou o executivo sob acusação de que ele fez um acordo que teria violado o estatuto social e regras de conformidade da Usiminas, afirmou uma das fontes com conhecimento do assunto. Não foi possível contatar Souza para comentar. A Usiminas não se manifestou de imediato.
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O acordo refere-se a um memorando de entendimentos não vinculante assinado por Souza em 2016 sobre o uso de recursos em excesso do caixa da Mineração Usiminas (Musa), uma subsidiária do grupo siderúrgico que tem como sócia a também japonesa Sumitomo Corporation. Nippon Steel e Sumitomo Corp são entidades independentes.
Petrobras (PETR3; PETR4)
A Petrobras informou que o membro efetivo do Conselho Fiscal, Paulo José dos Reis Souza, renunciou ao cargo, com efeitos a partir de 27 de março. “A eleição do novo membro titular do Conselho Fiscal, indicado pelo acionista controlador, será
realizada na Assembleia Geral Extraordinária, convocada para o dia 27 de março”, disse a estatal em comunicado ao mercado.
Cyrela (CYRE3)
A Cyrela encerrou o quarto trimestre de 2016 com lucro líquido de R$ 31 milhões, uma queda de 68,4% ante o mesmo período do ano anterior. No acumulado do ano, a companhia registrou lucro de R$ 151 milhões, com redução de 66,2%.
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A receita líquida, por sua vez, recuou 10,8%, entre outubro e dezembro, na comparação anual, para R$ 919 milhões. Já em 2016, a companhia teve queda de 26,4% na receita líquida, para R$ 3,195 bilhões.
A margem bruta caiu de 33,9% no quarto trimestre de 2015 para 28,8% nos últimos três meses do ano passado. No acumulado de 2016, a Cyrela teve margem bruta de 34,6%, ante 33,3% em 2015.
BRF (BRFS3)
A BRF está quebrando ovos que eventualmente iriam gerar frangos para abate para reduzir sua produção futura, em meio aos problemas de mercado causados pela Operação Carne Fraca, da Polícia Federal, disse uma fonte com conhecimento do assunto à Reuters.
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Os ovos férteis são produzidos por matrizes em granjas próprias da empresa, chocados e os pintos com um dia de vida são entregues para granjas parceiras, onde são criados até o momento do abate, cerca de 40 dias depois. Com a quebra de ovos, a empresa reduz o volume de carne que chegará ao mercado nas próximas semanas.
“O único jeito de reduzir produção é quebrar os ovos, reduzindo alojamento (de pintos), aí reduz abate e reduz produção”, disse a fonte, sob condição de anonimato. A fonte não informou o volume de ovos que está sendo descartado. A BRF disse, por meio da assessoria de imprensa, que “a informação não procede”.
JBS (JBSS3)
A JBS se tornou alvo de uma ação coletiva nos EUA por perdas com Carne Fraca, segundo informou a Bloomberg. Leonforte Holdings protocolou a ação em nome
de outros investidores da companhia na quarta-feira (22), de acordo com documentos da corte federal da Filadélfia.
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A ação acusa JBS, Wesley Batista e Gilberto Tomazoni de enganar os investidores ao não divulgar supostos subornos a reguladores e políticos para “subverter as inspeções de alimentos de suas fábricas e ignorar práticas não-sanitárias, como processamento de carne podre”. O juiz decidirá posteriormente se a Leonforte pode representar outros investidores.
BM&FBovespa (BVMF3) e Cetip (CTIP3)
A BM&FBovespa espera sinergia de R$ 100 milhões no 3º ano após a fusão com a Cetip. A Bolsa prevê captar gradualmente, como resultado da combinação de negócios com a Cetip, sinergias de despesas de cerca de R$ 100 milhões em bases recorrentes no terceiro ano após aprovação da combinação, segundo fato relevante.
O orçamentos de despesas ajustadas e de investimentos para 2017, que se aplicavam exclusivamente à BM&FBovespa, estão sendo descontinuados, disse a empresa. Novas projeções, refletindo a empresa combinada, serão divulgadas ao mercado “oportunamente” por fato relevante.
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