Centauro capta R$ 900 mi em oferta de ações; dona da Le Lis Blanc firma acordo para recuperação extrajudicial e mais

Confira os destaques do noticiário corporativo na sessão desta sexta-feira (5)

Equipe InfoMoney

Loja da Centauro no Barra Sul Shopping (RS) (Foto: divulgação)
Loja da Centauro no Barra Sul Shopping (RS) (Foto: divulgação)

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SÃO PAULO – O noticiário corporativo é bastante movimentado, com destaque para a Centauro, que levantou R$ 900 milhões.

Os efeitos do isolamento social impostos pela pandemia do novo coronavírus afetam as companhias de diferentes formas. A Restoque, dona das marcas Dudalina e Le Lis Blanc, precisou fazer a renegociação de suas dívidas. Já a Yduqs encontrou espaço para uma nova aquisição.

Funcionários da Gol, segundo a Folha de S. Paulo, aprovam programas de demissão, licença e corte de salários.

Já entre as empresas que divulgaram balanço, a BR Malls registrou um lucro líquido ajustado de R$ 130 milhões no primeiro trimestre, uma queda de 24% na comparação com os três primeiros meses de 2019. O da Randon recuou 90,5%, para R$ 2,994 milhões.

Confira os destaques:

Centauro (CNTO3)

A Centauro fixou em R$ 30 o preço de sua ação no “follow on”. Com isso, a varejista de artigos esportivos levantou R$ 900 milhões.

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A empresa vendeu 30 milhões de ações numa oferta primária subsequente. A oferta poderia chegar a 33,75 milhões de ações, de acordo com um documento anterior. A Centauro disse que usará os recursos em oportunidades de aquisição abertas pela crise provocada pelo coronavírus.

Os recursos devem ser utilizados, principalmente para o pagamento da compra da operação brasileira da Nike. “A companhia pretende utilizar a totalidade dos recursos líquidos provenientes da oferta para o financiamento de aquisições de empresas em curso e futuras que possam contribuir para a execução de sua estratégia de crescimento.”

Restoque (LLIS3)

A Restoque, donas das marcas Dudalina e Le Lis Blanc, anunciou um plano de recuperação extrajudicial de R$ 1,5 bilhão. Segundo a companhia, a reestruturação da dívida foi necessária após o impacto das medidas de isolamento social no setor varejista.

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A dívida renegociada inclui apenas credores financeiros, ou seja, bancos e portadores de títulos de dívida (debenturistas).

A companhia terá uma carência de 12 meses a partir da homologação do acordo para iniciar os pagamentos. O principal começa a ser pago só em junho de 2023, sendo que mais de 70% do total da dívida vencerá ao final de junho de 2025. O custo da renegociação ficou em CDI mais 2,7% e CDI + 2,9% ao ano.

Está previsto ainda um aumento de capital no valor de R$ 150 milhões.

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A adesão ao plano foi superior a 70% -o mínimo estipulado para recuperações extrajudiciais é de 60%. O acordo ainda precisa ser homologado pela Justiça.

Yduqs (YDUQ3)

A Yduqs, antiga Estácio Participações, anunciou a compra do Grupo Athenas por R$ 120 milhões. A empresa adquirida atua na região norte do país.

O acordo prevê que uma fatia de R$ 106 milhões seja paga na assinatura do contrato e uma parcela de R$ 14 milhões após cinco anos. O valor pode subir de acordo com as autorizações para novas vagas nos cursos de medicina.

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O Grupo Athenas encerrou o ano de 2019 com uma receita líquida de R$ 94,5 milhões. Atualmente, conta com 9 mil alunos divididos entre 67 cursos de graduação, técnicos superiores e programas de pós-graduação.

A aquisição está sujeita a aprovação de órgãos reguladores.

Embora dentro de uma estratégia que pode levar a uma reavaliação dos papéis da empresa, os analistas do Morgan Stanley consideraram a aquisição pequena.

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Sobre a nova lei fluminense, que sugere um desconto de 30% nas mensalidades, os analistas acreditam que a medida terá pouco impacto para a Yduqs, mesmo com presença relevante no estado. “Em nossos cálculos, a nova regulamentação reduziria a receita consolidada da YDUQS em aproximadamente 1% e, mantendo os custos estáveis, a margem Ebitda seria reduzida de 33,5% para 33,0%”, disseram em relatório a clientes.

brMalls (BRML3)

A brMalls informou esperar que até julho esteja com todos os seus shoppings em funcionamento.

A administradora de shoppings divulgou, na noite de quinta-feira, um lucro líquido ajustado de R$ 130 milhões no primeiro trimestre, uma queda de 24% na comparação com os três primeiros meses de 2019.

Na mesma base de comparação, a receita líquida caiu 5,8%, para R$ 295,976 milhões. Já o Ebitda passou de R$ 232,512 milhões para R$ 245,812 milhões, uma alta de 5,7%.

Gol (GOLL4)

Os funcionários da companhia área Gol aprovaram, na quinta-feira à noite, proposta de acordo coletivo que inclui programas voluntários de licença não remunerada, demissão voluntária (PDV), aposentadoria ou redução de salário e jornal (“part-time”), segundo a “Folha de S.Paulo”.

Caso não ocorra adesão voluntária a esses programas, a empresa pode fazer dois programas de redução compulsória de jornada e salário, que irão vigorar até 2021.

A Gol anunciou a prévia dos seus resultados operacionais de maio. O número de voos ao dia aumentou para 70. Ainda assim, o total de decolagens ficou 93% abaixo do registrado em igual mês de 2019, totalizando 1.370 saídas.

Já o número de decolagens no acumulado de 2020 foi de 61.102, uma queda de 36,2%.

O número de voos diários chegou a 70 devido ao aumento das frequências nos aeroportos do Galeão (Rio de Janeiro) e Brasília, além do reinício de operações nos aeroportos Congonhas (São Paulo), Santos Dumont (Rio de Janeiro), Navegantes (Santa Catarina) e Foz do Iguaçu (Paraná). A demanda subiu 5% em maio sobre abril e a oferta de assentos, 12,1%.

A taxa de ocupação no mês passado foi de 74,8%, ante 83% em maio de 2019. No acumulado dos primeiros cinco meses do ano, a taxa de ocupação está em 80,9% (era de 82,3% em igual período de 2019).

A Gol não realizou voos internacionais regulares em maio.

Randon (RAPT4)

A Randon registrou no primeiro trimestre do ano um lucro líquido de R$ 2,994 milhões, uma queda de 90,5% na comparação com igual período do ano passado.

Já a receita líquida subiu 3%, para R$ 1,168 bilhão. O Ebitda recuou 20,3%, para R$ 106,980 milhões. A margem Ebitda passou de 11,8% no primeiro trimestre de 2019 para 9,2% nos três primeiros meses de 2020.

Petrobras (PETR3;PETR4)

A Petrobras anunciou o início da etapa de divulgação de oportunidades, conhecida como “teaser”, referente à venda de suas participações em empresas de energia.

Esse “teaser” contém informações sobre as participações e os critérios para a seleção de potenciais interessados. As companhias que fazem parte dessa etapa são a Brasympe (participação de 20%), Suape II (20%), Termoelétrica Potiguar (20%), Companhia Energética Manauara (40%) e a Brentech (30%).

JBS (JBSS3)

Os EUA investigam frigoríficos por prática antitruste, que incluem JBS, disse uma fonte à Bloomberg, que não quis ser identificada porque o inquérito é confidencial.

O setor é altamente consolidado; 4 empresas – Tyson Foods, JBS, Cargill e National Beef – controlam cerca de 80% do mercado de processamento de carne bovina dos EUA. National Beef, que pertence à brasileira Marfrig, confirmou o recebimento de uma demanda de investigação civil; Tyson, JBS e Cargill não responderam imediatamente a um pedido de comentário.

São Martinho (SMTO3)

O Morgan Stanley elevou a recomendação das ações da São Martinho para “overweight”. A justificativa é que a cotação está atrasada em relação à recuperação dos preços do açúcar em dólar.

“Nosso preço alvo de R$ 25 implica em uma alta de 25%”, disseram.

O Morgan Stanley não considera uma recuperação adicional nos preços do açúcar no curto prazo, com eles se mantendo próximo aos níveis atuais.

Entre outras recomendações, a Camil (CAML3) teve a sua recomendação reduzida a neutra pelo JPMorgan, com preço-alvo de R$ 11, enquanto a Linx (LINX3) teve a recomendação reduzida a underweight pelo mesmo banco, com preço-alvo de R$ 19. Já a Vale teve o ADR elevado de neutra para outperform pela Exane.

(Com Agência Estado e Bloomberg)

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