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Felipe Veiga, estrategista de ações da XP, participou do programa Morning Call da XP nesta sexta (21) e disse que se aguarda mais volatilidade à frente dado o cenário econômico.
“Em 2024, a gente viu um micro sólido que acabou sendo ofuscado pela deterioração do cenário macro”, disse.
“Nesse ano, até o momento, a gente também vê o macro sendo principal catalisador dos papeis brasileiros, mas com uma forte recuperação até agora”, explicou.
Segundo o analista, a volatilidade implícita (cálculo do preço futuro do ativo) das ações está em níveis historicamente baixos enquanto a volatilidade realizada (flutuação efetiva) tem aumentado recentemente.
Conjunturas
Nos diferentes cenários montados pela XP e destacados em relatório, a casa vê que o fechamento da curva de juros pode beneficiar empresas com exposição governamental ou regulatória.
No caso de deterioração fiscal, Felipe Veiga aponta ao potencial de depreciação cambial decorrente das pressões inflacionárias e da desaceleração econômica, sendo o momento, portanto, mais favorável às empresas exportadoras.
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Considerando a política de tarifas de importação mais altas nos estados Unidos, o estrategista vê vantagens em empresas brasileiras com produção sediada nos EUA, com menor exposição às taxas e beneficiadas por preços mais altos devido à redução na oferta.
Além disso, para Felipe Veiga, se a guerra comercial entra os Estados Unidos e a China recrudescer, determinados exportadores de grãos brasileiros podem ter aumento de demanda proveniente dos chineses.
De acordo ainda com a XP, o cenário base continua sendo de que há um valor significativo nas ações brasileiras, mas a casa segue favorecendo uma exposição defensiva e de alta qualidade devido ao atual cenário macroeconômico de juros elevados e volatilidade.