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Jennie Li, estrategista de ações da XP, participou nesta quarta-feira (24) do Morning Call da XP, e comentou sobre o que esperar da temporada de balanços das empresas no segundo trimestre de 2024 (2T24). Ela conta que as estimativas do mercado sofreram queda por conta do cenário adverso no último mês.
“O mercado revisou bastante para baixo as expectativas de lucro para esse segundo trimestre”, disse. Segundo ela, a revisão forte no lucro por ação (LPA) no Ibovespa ocorreu a partir de meados de junho para cá.
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Expectativas são de queda do Ebitda e da receita
Projeções de LPA para 2T24 para as empresas do Ibovespa são de queda de 9,2% na comparação com o mesmo período do ano passado. Para o Ebitda e receita, as expectativas também são de contração de 2,3% e 4,2%, respectivamente.
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Para a analista, as revisões para baixo refletem principalmente o cenário de juros e de riscos fiscais que ficaram mais elevados nas últimas semanas. Por outro lado, as estimativas de lucro para o ano de 2024 e 2025 continuam positivas.
“O mercado, no entanto, continua revisando para cima o lucro para 2024 em quase 2%, e em quase 6% para 2025”, disse. “Com a revisão negativa para o trimestre, o consenso (de mercado) está indicando uma contração das empresas do Ibovespa, mas com uma magnitude menor que a gente viu nos trimestres de 2023”, complementou.
Estimativas são mais otimistas na XP
Dentro do âmbito da cobertura da XP, que envolve 150 empresas listadas na Bolsa, as estimativas são mais otimistas.
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“Segundo as prévias que saíram até agora, estão projetadas em grande parte dos setores o crescimento de lucro e receita. No consolidado das 150 empresas que a gente cobre, vê-se avanço de 9% em receita e 19% de lucros operacionais (Ebitda), comparando com o segundo trimestre do ano passado”, disse.
“É uma ascendência positiva, que a gente começou a ver no primeiro trimestre, apesar da revisão do mercado ao longo do segundo semestre”, ressaltou.
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Cenário macro difícil
Para Jennie Li, o cenário macro tem influenciado muito o movimento dos papéis ao longo dessas últimas semanas. “Nesse momento, o micro tem sido ainda mais relevante para os investidores. No primeiro trimestre de 2024, a reação do mercado foi de surpresa com o lucro muito mais forte do que a média histórica”, destacou.
A analista avalia que os cenários macro global e doméstico são bastante desafiadores. “O macro global tem dúvidas sobre a trajetória de juros nos Estados Unidos, quando começarão os cortes. No doméstico, a gente tem bastante incerteza do lado fiscal. Nesse cenário, a gente acha que a temporada de resultado deve ser um evento muito importante para os investidores acompanharem”, finalizou.
