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O Itaú BBA considera que uma potencial federalização da Cemig (CMIG4) e Copasa (CSMG3) como muito negativa, pois provavelmente resultaria em uma mudança na equipe de gestão e nos planos estratégicos dessas empresas.
Segundo reportagem Folha de S.Paulo, o presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), e Alexandre Silveira, ministro de Minas e Energia, estariam articulando um plano para federalizar a Cemig, Copasa e Codemig em troca da redução da dívida federal do estado de Minas Gerais, que já beira os R$ 160 bilhões.
Para o banco, Cemig e Copasa contam com uma equipe de gestão muito competente que conseguiu implementar mudanças para melhorar a eficiência das empresas, apesar das restrições de serem empresas estatais.
“No caso da Cemig, a empresa também vendeu ativos não essenciais e tem sido muito responsável em termos de alocação de capital”, comenta BBA.
Analistas comentam que os investidores não devem entrar em pânico com essa notícia, tendo em vista o desafiador caminho para um federalização. No entanto, não recomenda compra das ações da Cemig na fraqueza atual, pois pode haver mais notícias políticas negativas nas próximas semanas.
Além disso, BBA avalia que a ação, negociando agora com uma taxa interna de retorno (TIR) implícita de 11,1%, está razoavelmente precificada.
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O relatório cita que, embora o Supremo Tribunal Federal (STF) tenha concedido uma liminar suspendendo o pagamento do serviço da dívida até 20 de dezembro, há uma boa chance de que esse período de carência seja prorrogado. Em situações anteriores, o STF costumava atender aos pedidos dos governos estaduais para suspender os pagamentos de dívidas ao governo federal com base no argumento de que existem restrições constitucionais para cortar gastos em determinadas áreas, como educação e saúde.
Nesse contexto, acredita-se que a proposta de federalização esteja mais relacionada ao contexto político do que ao potencial vencimento da liminar do Supremo Tribunal.
“No entanto, essa liminar permitiu que o governo estadual cumprisse suas obrigações, como o pagamento de salários aos seus funcionários públicos”, diz relatório. “Sem a liminar, o serviço anual da dívida teria aumentado de R$ 4,4 bilhões para R$ 18,4 bilhões, colocando uma enorme pressão no fluxo de caixa do governo estadual.”
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Cabe ressaltar que, na segunda-feira, CMIG4 chegou a cair 4% e fechou caindo quase 3%. “Vemos a potencial federalização como muito negativa, mas achamos que o processo é muito desafiador. Achamos justo que a ação da Cemig tenha caído, dado que o risco é baixo, mas existente”, reforça.