CCR: Goldman rebaixa à venda com alta limitada e desaceleração do Ebitda; CCRO3 cai

Banco também vê baixo potencial de criação de valor decorrente de novos projetos

Felipe Moreira

(Reprodução/CCR RioSP)
(Reprodução/CCR RioSP)

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Apesar de ver a administradora de rodovias CCR (CCRO3) como uma empresa de alta qualidade, o Goldman Sachs decidiu rebaixar a recomendação para ação da companhia de neutro para venda, uma vez que enxerga potencial de valorização limitada para o papel. O preço-alvo é de R$ 13,60, o que representa um upside (potencial de alta) de 0,8% frente a cotação de fechamento da última sexta-feira (6) de R$ 13,49. Com isso, nesta segunda-feira (9), os ativos fecharam com queda de 1,93% (R$ 13,23).

O banco americano também vê baixo potencial de criação de valor decorrente de novos projetos, refletindo o grande portfólio da empresa e a concorrência no espaço de rodovias com pedágio.

Nesse contexto, segundo o Goldman, cada R$ 10 bilhões investidos em leilões criaria um potencial de valor presente líquido (VPL) de apenas 4% do valor de mercado. Com base no pipeline do governo de leilões esperados, o capex (investimentos em capital) médio associado por projeto é de cerca de 5 bilhões. Ou seja, a CCR precisaria provavelmente garantir vários projetos para gerar valor relevante enquanto potencialmente enfrenta concorrência por ativos.

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A análise ainda aponta para uma desaceleração do crescimento do Ebitda (lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização), devido à maturidade do portfólio e à falta de novos projetos.

Olhando para o setor, o Goldman Sachs reiterou sua preferência por aeroportos mexicanos (todos os nomes sob cobertura são classificados com compra), pois acredita que oferecem uma combinação de forte impulso de lucros e retornos mais elevados.