CCR (CCRO3): saída do CEO Marco Cauduro é inesperada, mas não deve interferir em novos projetos, dizem analistas

Cauduro renúncia a presidência da companhia após ocupar o cargo por dois anos e meio

Felipe Moreira

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A CCR (CCRO3) informou que Marco Antonio Souza Cauduro apresentou ontem (16) sua carta de renúncia ao cargo de Diretor-Presidente, após ocupar o cargo por dois anos e meio, alegando motivos pessoais.

Segundo comunicado, Cauduro ajudará a CCR no processo de transição, que a empresa diz que começará imediatamente. A companhia analisará candidatos internos e externos para assumir o cargo de novo CEO.

Sob o comando de Cauduro, a companhia agregou a concessão rodoviária RioSP (Dutra), as Linhas 8 e 9, os blocos Sul e Central na 6ª rodada de concessões aeroportuárias e o aeroporto da Pampulha. No mesmo período, a empresa assinou aditivos contratuais da Autoban, realizou o rebalanceamento da ViaQuatro e a venda da TAS.

Para analistas do Bradesco BBI e Credit Suisse, a renúncia inesperada do CEO é negativa e deve afetar as ações do pregão desta quarta-feira (17).

Na avaliação do BBI, o processo deve ser concluído no segundo semestre de 2022, quando espera que Votorantim e Itaúsa (ITSA4) recebam a aprovação final para fechar a transação de aquisição da participação da Andrade Gutierrez no bloco de controle.

Por fim, a empresa possui um processo decisório bem estruturado para novos investimentos, uma vez que deve ser aprovado pelo conselho de administração. O anúncio não deve interferir na análise de novos projetos.

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O anúncio ocorreu horas depois da companhia ter anunciado que ficaria de fora da sétima rodada de leilões de aeroportos, coordenada pela Agência Nacional de Aviação Civil (Anac), que acontece na próxima quinta-feira, na B3.

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