CBA (CBAV3): XP reitera compra com normalização dos custos e perspectiva positiva

Ação também negocia com desconto atrativo em relação aos seus pares globais

Felipe Moreira

Publicidade

Depois de se reunir com a alta administração da CBA (CBAV3), a XP investimentos reiterou recomendação de compra a ação, graças à perspectiva positiva para os preços do alumínio e a normalização dos custos da empresa, bem como desconto atrativo em relação aos pares globais de alumínio (25% de desconto contra média da indústria). O preço-alvo é de R$ 9, ou potencial de alta de 40% frente o fechamento de quarta.

Segundo o relatório, a Companhia Brasileira de Alumínio espera que o mercado permaneça apertado, com o limite de capacidade chinês de 45 milhões de tonelada sendo atingido este ano, com penalidades por exceder o limite, apesar do aumento esperado da capacidade ociosa de Yunnan (afetado por restrições de fornecimento de energia no ano passado).

Além disso, setores-chave da demanda, como veículos elétricos, energia renovável, substituição de cobre e redes elétricas, devem suportar um alto preço estrutural do alumínio, pois a XP não espera que aumentos significativos de capacidade no médio prazo afetem negativamente o equilíbrio entre oferta e demanda do setor.

Continua depois da publicidade

Baixe uma lista de 10 ações de Small Caps que, na opinião dos especialistas, possuem potencial de crescimento para os próximos meses e anos

Com relação aos custos, a previsão da corretora é que permaneçam estruturalmente mais altos, impactando os preços de longo prazo do alumínio (impulsionados por custos de energia mais altos, preços mais altos do coque e piche de alcatrão de carvão e inflação de capex)

Por outro lado, a CBA destacou que a conclusão de projetos em andamento continua sendo uma prioridade, incluindo: (i) atualização da tecnologia das salas fornos (capex de R$ 750 milhões de 2023-27E); (ii) atualizar a produção de alumina antes de reiniciar a sala forno #1; e (iii) a retomada da sala forno #1 (prevista para 2027). “Para o projeto Rondon, as discussões com parceiros comerciais estão em andamento, com a primeira produção de bauxita 4-5 anos após a aprovação do Conselho”, diz relatório.

Continua depois da publicidade

Por fim, apesar da instabilidade operacional que impactou a produção e os custos do alumínio no ano passado, a companhia espera que os custos permaneçam em patamares mais baixos, devido ao menor consumo de coque e piche de alcatrão de carvão devido à normalização das operações, parcialmente compensado por maiores gastos com energia.