CBA (CBAV3) reverte prejuízo e tem lucro recorde de R$ 615 mi no 4º trimestre

Ebitda ajustado cresceu 198%, totalizando R$ 501 milhões, impulsionado principalmente pela melhora no resultado do negócio alumínio

Felipe Moreira

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A CBA (CBAV3) registrou lucro líquido recorde de R$ 615 milhões no 4T21, revertendo prejuízo de R$ 498 milhões de um ano antes, resultado de cenário favorável em relação a volume e preços de alumínio praticados, combinado com a reversão do saldo negativo de outros resultados operacionais.

A crise energética na Europa e China continuou impactando o mercado de alumínio, resultando em preços elevados de energia e cortes de capacidade nessas duas regiões, o que refletiu em relevante aumento no preço do alumínio na LME (London Metal Exchange) durante o 4T21, que chegou a atingir o mais alto valor dos últimos 13 anos, US$3.180/t em outubro de 2021, encerrando o trimestre com o preço médio de alumínio na LME de US$ 2.762/t.

O lucro antes juros, impostos, depreciação e amortização (Ebitda, na sigla em inglês) ajustado cresceu 198%, totalizando R$ 501 milhões, impulsionado principalmente pela melhora no resultado do negócio alumínio, decorrente do aumento dos preços de venda praticados, com o aumento do preço do alumínio na LME e a valorização do dólar médio frente ao real, aliado a maiores volumes e melhor mix de produtos vendidos.

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Já a margem Ebitda (Ebitda sobre receita líquida) ajustada atingiu 21% no período, alta de 10 p.p. frente a margem registrada em 4T20.

O volume de vendas de alumínio atingiu 122 mil toneladas no quarto trimestre deste ano, incremento de 3% frente ao volume reportado no mesmo período do ano anterior.

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“Esse crescimento foi puxado principalmente pelo aumento de 6% nas vendas de VAP (Value Added Products) para o setor de transportes e energia, pelo aumento de 2% nas vendas de lingote para o segmento de embalagens (latas de alumínio) e para exportação para Américas e Europa”, explica CBA.

A receita líquida somou R$ 2,4 bilhões entre outubro e dezembro do ano passado, alta de 54% na comparação com igual etapa de 2020, em em função do significativo aumento de 60% na receita líquida do negócio de alumínio.

O resultado financeiro líquido do 4T21 apresentou uma piora quando comparado ao 4T20, principalmente em função da variação cambial pela desvalorização do real frente ao dólar e pelo prêmio pago pela recompra parcial dos Bonds de R$ 25 milhões,parcialmente compensado pelo aumento na receita com aplicação financeira de R$ 21 milhões em função entrada dos recursos do IPO em julho de 2021 aliado à melhora na rentabilidade com o CDI médio de 1,9% a.a. para 7,6% a.a.

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A dívida líquida da companhia ficou em R$ 1,665 bilhão no final de dezembro de 2021, diminuição de 18,2% em relação ao mesmo período de 2020.

O indicador de alavancagem financeira, medido pela dívida líquida/Ebitda ajustado, ficou em 1,08 vez em dezembro/21, queda de 0,81 vez em relação ao terceiro trimestre de 2021.

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