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A CBA (CBAV3), ou Companhia Brasileira de Alumínio, lucrou R$ 100 milhões de forma líquida no terceiro trimestre de 2022, revertendo o prejuízo líquido de R$ 41 milhões registrados no mesmo período do ano passado.
A melhora na linha final do relatório se dá mesmo com a empresa tendo visto sua receita caindo 2% na base anual, para R$ 2,3 bilhões.
“O recuo da receita se deu principalmente pela redução de R$50 milhões do faturamento do negócio de energia nos períodos comparados, devido ao menor volume excedente de energia para venda, em função do menor volume de contratos e aumento do consumo pela CBA”, justifica a companhia no documento publicado na noite desta terça-feira (8).
Na frente de alumínio, a CBA destaca que sua receita se manteve estável na comparação ano a ano, em R$ 2,2 bilhões. A queda de 11% no preço médio da commodity, com a tonelada indo a US$ 2,35 mil, foi compensada pelo aumento de 4% dos volumes vendidos, que foram a 129 mil toneladas.
A alta do lucro se deu em parte porque a empresa conseguiu reduzir seu custo dos produtos vendidos (CPV) em 4% no ano, para R$ 1,9 bilhão – também por conta da menor negociação de energia.
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“Por outro lado, o custo do negócio de alumínio manteve-se estável nos trimestres comparados, apesar do maior volume vendido e da continuidade da inflação de custos”, destaca a empresa. “Esses efeitos foram compensados pelo fim da operação de trading de lingote, que teve 26 mil toneladas vendidas no terceiro trimestre de 2021 e foi encerrada desde o segundo trimestre deste ano”.
As despesas operacionais da CBA ficaram em R$ 106 milhões entre julho e setembro deste ano, alta de 23% na comparação com o mesmo período de 2021. A alta é justificada pela empresa por conta do seu crescimento, incluindo a aquisição da Alux do Brasil.
O lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização (Ebitda, na sigla em inglês), mesmo com esses maiores gastos, avançou 5% no ano, para R$ 331 milhões, com a margem Ebitda subindo um ponto percentual, para 15%.
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Por fim, subtraiu-se do lucro líquido da CBA um resultado financeiro negativo de R$ 27 milhões, número bem menor do que o déficit de R$ 255 milhões do terceiro trimestre de 2021.
“O resultado financeiro líquido teve melhora de 89%, principalmente em função da melhora de R$92 milhões na marcação a mercado dos instrumentos derivativos da dívida com o BNDES e dos contratos de energia eólica. Além disso, houve também o vencimento das vendas a termo de alumínio e dólar americano (hedge estratégico da receita) que deixou de ser executado em 2021”, justificam.
A CBA fechou setembro com uma dívida líquida de R$ 1,3 bilhão, número aquém dos R$ 2,2 bilhões do mesmo mês de 2021.