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SÃO PAULO (Reuters) – A Companhia Brasileira de Alumínio (CBAV3) projetou nesta quarta-feira ganho de mais de 800 milhões de reais em lucro operacional (Ebitda) por ano após a conclusão de investimentos de 2,3 bilhões em uma série de projetos focados a dar mais competitividade ao grupo controlado pela Votorantim.
Além dos ganhos de competitividade, a companhia também espera como componente estrutural de sua recuperação o fim de um contrato de fornecimento de energia “caro”, indexado por IGPM, em 2028, afirmaram executivos em apresentação a analistas e investidores.
“O que esperamos para o futuro é uma CBA mais competitiva… teremos expansão no Ebitda em 2029 que será natural por causa do vencimento do contrato e ainda mais melhorias” geradas pelos investimentos, disse o presidente-executivo da CBA, Luciano Alves.
Segundo a diretora financeira, Camila Abel, entre os investimentos, estão 1,9 bilhão de reais em andamento que devem aumentar produtividade de refinaria, ampliar a capacidade instalada e reduzir o consumo de energia da companhia, e devem ser concluídos até 2029, mas que eventualmente poderão até ser acelerados a depender das condições do mercado de alumínio.
A executiva afirmou que a CBA deve observar até o final deste ano uma “desalavancagem ainda significativa”, apoiada em parte pela desvalorização do real ante o dólar, que ajuda os negócios da companhia.
A empresa encerrou junho com uma alavancagem de 5,66 vezes dívida líquida sobre Ebitda, ante nível de 7,7 vezes no final do ano passado.
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“O objetivo é rodar próximo de 1 vez, 1,5 vez”, disse Abel, sem prever quando este nível poderá ser atingido e lembrando que a política da CBA é uma alavancagem de até duas vezes.
“O ano de 2023 foi atípico porque teve questão de mercado e questão operacional”, disse o presidente da CBA, se referindo a um recuo nos preços do alumínio nos mercados internacionais em meio a um aumento de custos dos insumos. “Não é o que esperamos para o futuro”, comentou o executivo.
Parte desse otimismo é derivado da previsão de investimento de 310 milhões de reais da companhia em projetos de reciclagem que serão progressivos até 2029 e servirão para ajudar o grupo a reduzir sua exposição à volatilidade elevada dos preços do alumínio, afirmaram os executivos.
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“Vamos ter um negócio mais resistente à volatilidade (do preço) da commodity (alumínio)”, acrescentou.
Questionado sobre o projeto de bauxita, “Rondon”, no Pará, anunciado em 2021, com previsão de investimentos de 2 bilhões de reais, Alves afirmou que a CBA segue buscando parceiros para seu desenvolvimento. “Está em fase de pré-viabilidade… É um projeto de três a cinco anos para ser desenvolvido”, disse o executivo.