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A S&P rebaixou os ratings de crédito de emissor e emissão do Grupo Casas Bahia (BHIA3) de ‘brA-’ para ‘brBBB-’ na escala nacional. A perspectiva do rating de emissor é negativa.
Segundo a agência classificadora de risco, os números reportados pela varejista no terceiro trimestre deste ano indicam que o grupo não atingirá as métricas de crédito esperadas.
Na visão do S&P, os resultados do acumulado do ano mostram que a Casas Bahia atualmente depende de condições de negócios, financeiras e econômicas favoráveis para retomar sua rentabilidade.
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A agência destaca que não espera uma crise de pagamento ou de crédito nos próximos 12 meses, mas entende que estrutura de capital da Casas Bahia é frágil.
“Apesar da evolução no plano de transformação, com alguns efeitos positivos já se materializando, os desafios para recuperar margens e desalavancar seguirão durante 2024, em um ambiente macroeconômico ainda difícil para o varejo”, diz relatório.
As despesas com o processo de reestruturação impactaram as margens de forma significativa e mostram que o grupo não registrará métricas de crédito em linha com as projeções mais recentes, especialmente em 2023 e 2024.
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A receita ajustada dos nove primeiros meses de 2023 totalizou R$ 21,0 bilhões, redução de 3% em relação ao ano anterior, com Ebitda (lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização) ajustado de R$ 72 milhões, ante cerca de R$ 1,5 bilhão no mesmo período de 2022.
O Ebitda ajustado foi negativo em R$ 472 milhões no terceiro trimestre de 2023. O S&P projeta Ebitda ajustado, que inclui as despesas de reestruturação, e exclui o Ebitda estimado da operação de financiamento cativo no valor de aproximadamente R$ 113 milhões no trimestre.
Ao mesmo tempo a agência removeu do cálculo de dívida líquida ajustada o valor de R$ 5,0 bilhões referente à dívida das operações de financiamento cativo, pois faz uma análise separada para esta operação. Nesse contexto, projeta um Ebitda ajustado de R$ 1,4 bilhão no final de 2023.
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Com isso, o S&P espera agora Ebitda ajustado não material em 2023, R$ 1,5 bilhão em 2024 e R$ 2,3 bilhões em 2025, resultando em alavancagem financeira (dívida líquida ajustada por Ebitda) de cerca de 7,5 vezes em 2024 e 5,5 vezes em 2025.