Casa de research Mercurius lança gestora ativa de fundo cripto no Brasil

O primeiro fundo deve ser lançado no início de setembro, disse o CEO da Mercurius Asset

Lucas Gabriel Marins

(Andre Francois Mckenzie/Unplash)
(Andre Francois Mckenzie/Unplash)

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A Mercurius Crypto, que se identifica como uma holding de inteligência do setor cripto, anunciou nesta quarta-feira (17) o lançamento da Mercurius Asset, uma gestora focada na gestão ativa de fundos de criptomoedas.

O novo braço do grupo, que até então atuava como uma casa de research de criptomoedas, vai concorrer diretamente com as gigantes brasileiras do setor, como Hashdex e QR Asset.

“A gente percebeu que as gestoras de hoje estão mais focadas em produtos passivos, e a gente vai focar 100% em produto ativo, trazendo a nossa inteligência do mercado para o setor de criptoativos”, disse Gabriel Faria, sócio-fundador e CEO da Mercurius Crypto.

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A empresa já tem registro junto à Comissão de Valores Mobiliários (CVM) e é associada à Associação Brasileira das Entidades dos Mercados Financeiro e de Capitais (Ambima), conforme consulta feita pela reportagem. A CVM informou, no entanto, que a gestora ainda não administra nenhum fundo.

Faria disse que o primeiro produto de investimento deve ser lançado no início de setembro. Ele terá exposição ao Bitcoin (BTC), Ethereum (ETH) e outros projetos cripto conhecidos, e será direcionado para investidores qualificados (aqueles com patrimônio investido maior ou igual a R$ 1 milhão). O investimento mínimo é de R$ 10 mil.

A gestora disse que pretende atrair parte da base de 70 mil clientes de seu braço educacional. São duas empresas independentes na holding: a nova Mercurius Asset, voltada à gestão de fundos de investimentos, e a Mercurius Research, que foi fundada em 2019 e é focada em análise, pesquisa e educação do mercado.

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“Falha de comunicação”

Em julho de 2021, a Mercurius Crypto divulgou para a imprensa que estava lançando um “fundo de gestão ativa fundamentalista em criptomoedas” supostamente regulado pela CVM. O produto financeiro, no entanto, não pertencia à empresa.

Na época, segundo o Portal do Bitcoin, nem a firma nem seus sócios tinham autorização para gerir ou administrar fundos. Como resultado, a agora gestora tirou o site de divulgação do produto do ar.

Questionado sobre o assunto pelo InfoMoney CoinDesk, Faria disse que houve um erro de comunicação.

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“O produto existia, e era um fundo de cripto de fato, mas a gente prestou apenas um serviço de consultoria para a gestora (dona do fundo) que nos contratou para poder criar a estratégia dele. Realmente houve um erro na elaboração do material de divulgação que, depois de divulgado, deu a entender que o fundo estava sob a gestão da Mercurius.”

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