Carrefour (CRFB3): XP diminui preço-alvo de ações citando “desempenho abaixo dos concorrentes”

Para equipe de analistas da corretora, movimentação do grupo na absorção do Grupo BIG está tendo dificuldades

Vitor Azevedo

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O time de analistas para varejo da XP Investimentos, liderados por Danniela Eiger, diminuiu o preço-alvo das ações ordinárias do Carrefour (CRFB3) em relatório divulgado nesta sexta-feira (15), de R$ 20 para R$ 14, citando um desempenho abaixo dos pares.

No cerne da decisão dos especialistas está a digestão do Grupo BIG, adquirido pelo grupo em junho do ano passado, que, para eles, não está se mostrando algo fácil.

“Como resultado, os investidores começaram a ignorar o nome, com o interesse drasticamente reduzido”, mencionam.

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Negócios do Carrefour

A leitura da XP, agora, é que o Grupo Carrefour é composto por quatro negócios diferentes: Atacadão, o principal, atuando no atacarejo; os supermercados do Carrefour, no varejo, Sam’s Club, com uma proposta de valor mais nichada; e o CSF Bank, braço financeiro.

“O Atacadão representa a maior parte do valor do grupo, enquanto o Carrefour Retail fica atrás. Se assumirmos que o Atacadão é negociado em linha com a Assaí (ASAI3), a um múltiplo de 10x o preço pelo lucro, a ação está atualmente precificando basicamente o valor do Atacadão, enquanto os outros ativos são vistos como risco de alta”, explicam.

“Acreditamos que isso seja explicado principalmente pelos riscos de execução em curso na integração do BIG, que estão pressionando e obscurecendo os resultados de curto prazo.”

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Menor Ebitda e lucro

Com as dificuldades na movimentação, a XP reduziu a projeção de Ebitda (lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização, na sigla em inglês) e lucro líquido para 2023 em 21% e 10%, respectivamente. Para 2024, as reduções, na mesma ordem, foram de 76% e 28%.

“Mantemos nossa postura neutra, pois a ação está sendo negociada com um prêmio em relação a Assaí e Grupo Mateus (GMAT3), nossas preferências no setor, enquanto acreditamos que o processo de integração do BIG deverá continuar a pressionar os resultados de curto prazo e comprometer a visibilidade”, fecham.

No último resultado, do segundo trimestre, a equipe da corretora definiu os resultados como fracos, apesar de dentro das expectativas.