Carrefour (CRFB3) tem lucro líquido ajustado de R$ 1,17 bilhões no 4T24, alta de 240%

Os resultados foram apresentados na terça-feira, 18

Camille Bocanegra Agências de notícias

(Foto: Divulgação/Carrefour)
(Foto: Divulgação/Carrefour)

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O Carrefour (CRFB3) teve lucro líquido ajustado de R$ 1,17 bilhões no quarto trimestre de 2024, com alta de 240,5% em relação ao mesmo período de 2023. A varejista teve lucro antes de juros, impostos, depreciações e amortizações (Ebitda, na sigla em inglês) ajustado de R$ 1,91 bilhões, com crescimento de 2,2% na comparação com o 4T23.

Sem o ajuste, a companhia reverteu prejuízo de R$ 565 bilhões do ano passado para R$ 1,16 bilhões no 4T24. Os números da companhia foram melhores em todas as linhas nas divisões Clube e Cash & Carry (exceto na linha “outras receitas”, que teve queda de 77,9%).

No segmento de varejo, no entanto, as perdas ficaram mais evidentes, com retração de 7,6% nas vendas líquidas e 7,2% nas receitas totais. Mesmo assim, o Ebitda ajustado do segmento varejo apresentou alta, com crescimento de 10,5%.

No comunicado que divulgou o balanço, a companhia destaca o crescimento de receitas totais em 5,3% na comparação anual, com expansão de rentabilidade. O Carrefour apresentou crescimento de Ebitda de 13,4% e alta na margem de 0,4 p.p.

O grupo, que opera as marcas Atacadão, Carrefour e Sam’s Club, somou vendas brutas totais de R$32,8 bilhões no trimestre encerrado em dezembro, 5,5% acima do mesmo período um ano antes, puxadas pela performance da bandeira Atacadão, cujas vendas brutas subiram 9,6%, para R$23,3 bilhões (e mesmas lojas marcaram +6,3%). No varejo, as vendas do Carrefour Brasil recuaram 7,6%, para R$7,3 bilhões.

As despesas financeiras (SG&A) do grupo subiram 1,8%, com o percentual de vendas líquidas diminuindo 50 pontos-base, o que o diretor financeiro atribuiu à disciplina de custos da companhia, em busca de ganho de eficiência.

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O presidente-executivo do Carrefour Brasil, Stephane Maquaire, destacou também um início de 2025 positivo para as lojas do grupo, apesar das pressões de preços.

“Janeiro foi um pouco melhor. Seguimos atentos, obviamente, ao nível de inflação nas nossas lojas, especialmente nos produtos de alimentação… Mas o início do ano foi um pouco melhor do que foi o final do ano.”

O varejista francês Carrefour, controlador do Carrefour Brasil, apresentou na semana passada proposta para comprar as ações da unidade brasileira detidas por acionistas minoritários e fechar o capital da companhia.

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O Carrefour Brasil responde por cerca de 20% das vendas brutas globais do grupo francês.

As alternativas propostas incluem um pagamento em dinheiro por ação do Carrefour Brasil, a troca de ações da unidade brasileira por papéis do grupo francês e uma contrapartida envolvendo ambos, ação e dinheiro.

O CFO comentou que o movimento, se concretizado, deverá tornar a operação “mais simples”.

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Em 2024, o Carrefour Brasil abriu 19 novas lojas Atacadão, sendo 18 delas conversões e uma orgânica. Para 2025, disse Maquaire, “vamos fazer algumas aberturas orgânicas e reduzir muito a quantidade de lojas convertidas”, sem citar números.

O executivo também acrescentou que, com a taxa Selic em patamares elevados, a prioridade estará no fluxo de caixa e na alavancagem da companhia, com menos aberturas em relação ao ano passado para os formatos Atacadão e Sam’s Club.

(com Reuters)