Carrefour (CRFB3): minoritários questionam preço de incorporação; haverá ajustes?

Um grupo de acionistas minoritários do Carrefour Brasil está se mobilizando para tentar mudar as condições da proposta de incorporação das ações da companhia pela controladora francesa

Felipe Moreira

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O Carrefour Brasil (CRFB3) convocou para o 7 de abril uma Assembleia Geral Extraordinária (AGE) para aprovar o fechamento de capital da companhia.

Neste contexto, segundo reportagens na mídia, alguns grupos de acionistas minoritários estão tentando votar contra a proposta, argumentando que a empresa passou por um relevante processo de reestruturação nos últimos três anos e deveria agora colher os benefícios, ou buscando negociar uma melhor oferta de saída – ou seja, um preço por ação superior aos R$ 7,70 oferecidos.

De maneira geral, apesar da base acionária altamente fragmentada e da ausência de um acionista majoritário que concentre o free float – o que pode dificultar o ativismo –, o JPMorgan não descarta a possibilidade de melhorias incrementais nos termos propostos.

O banco destaca, inclusive, que o valor justo estimado está substancialmente acima do preço oferecido.

Ainda assim, não acreditamos que a transação seja vetada, considerando as preocupações dos investidores sobre riscos de governança futura neste caso. Para que a proposta seja aprovada (ou rejeitada), é necessária uma maioria simples dos acionistas presentes na AGE.

O Carrefour Brasil negocia a um Preço/Lucro de 11 vezes para 2025, e manteve recomendação neutra para a ação.

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A Genial Investimentos também comenta que a reação de minoritários pode pressionar por ajustes na proposta, especialmente diante das preocupações com governança e precificação, mas a fragmentação da base acionária reduz as chances de uma articulação eficaz para barrar a operação.

Dessa forma, a Genial manteve recomendação neutra e preço-alvo de R$ 7,70.