Campos Neto: BC só intervém no câmbio quando há alguma disfuncionalidade

Presidente do BC disse ainda que as intervenções nunca são feitas "no curto prazo ou em tempo real", apenas em casos de necessidade

Estadão Conteúdo

Marcelo Camargo/Agência Brasil
Marcelo Camargo/Agência Brasil

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O presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto, reforçou que o BC não mudou a maneira de agir no câmbio. Campos Neto destacou que o câmbio é flutuante e que o que importa para o BC é como afeta a inflação e as expectativas de inflação. “BC só intervém quando o mercado está disfuncional.”

O presidente do BC disse ainda que as intervenções nunca são feitas “no curto prazo ou em tempo real”, apenas em casos de necessidade, e que as operações são divididas em vários dias.

Campos Neto também voltou a mencionar questões técnicas, como a demanda de US$ 17,4 bilhões este ano em função do overhedge dos bancos. Além disso, disse que, sempre que há incertezas sobre as soluções fiscais, o mercado “precifica de acordo”.

Endividamento

O presidente do Banco Central afirmou que o aumento do endividamento pode explicar o descolamento da taxa de câmbio em relação ao aumento das exportações no Brasil e outros exportadores de commodities em meio à pandemia de covid-19.

“Não foi só no Brasil. É um tema que precisa de estudo. Isso pode estar relacionado ao alto nível de endividamento. Explica um pouco o choque nos produtores de commodities”, destacou, em evento online organizado pelo Goldman Sachs nesta sexta-feira, 15.

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