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A C&A (CEAB3) registrou um prejuízo líquido de R$ 152,7 milhões no primeiro trimestre de 2022, alta de 10,3% na comparação com aquilo registrado em igual período do ano passado.
O déficit maior se dá mesmo com a receita líquida da varejista avançando 54,2% na mesma base, chegando a R$ 1,19 bilhão – sendo R$ 910,8 milhões provindos do segmento de vestuários, R$ 214,3 milhões do segmento de “fashiontronics” (celulares, beleza e relógios) e R$ 66,3 milhões de serviços financeiros.
A C&A explica, no documento publicado na noite desta quinta-feira (5), que a diferença se dá, majoritariamente, pela redução dos casos de Covid-19, com o destaque fica para o braço de roupas.
“O desempenho da categoria foi impactado pela maior mobilidade com a redução de casos de Covid, que resultou em um fluxo maior nas lojas, E um relaxamento das restrições como limite de pessoas em locais e eventos públicos e como uso de máscara, que fomentaram uma maior socialização e impulsionaram a renovação do guarda-roupa”, explicam.
A companhia destaca ainda sua performance no online, com a receita avançando 49,7% ao ano, chegando a R$ 208,4 milhões. A receita líquida on-line da C&A foi de R$ 157,7 milhões, um crescimento de 47,9%. A participação em relação à venda total foi mantida em dois dígitos, ficando em 14,0%.
C&A repassa custos mas vê despesas aumentarem
A C&A conseguiu ainda aumentar sua margem bruta, repassando o custo dos produtos vendidos, de 45,2% entre janeiro e março de 2021 para 47,4% neste ano. O lucro bruto fechou em R$ 567,5 milhões.
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“A margem bruta de vestuário ficou em 51,0%, um aumento de 4,6 ponto percentual, em função da base fraca de comparação, dado o cenário de pandemia enfrentado no primeiro trimestre de 2021, e resultado da nossa estratégia de precificação, que buscou minimizar os impactos do aumento do custo dos produtos que continua sendo uma tendência no cenário de pressão inflacionária”, comenta a companhia.
O impacto negativo no balanço da C&A, para chegar ao prejuízo líquido, começa com o crescimento das despesas operacionais, que salta 46,8% na base anual, chegando a R$ 570,3 milhões – sendo R$ 442,1 milhões com vendas e R$ 126,8 milhões com a gastos administrativos.
A C&A lembra que no primeiro trimestre do ano passado, boa parte das lojas estavam fechados, com a comparação minimizada. “Além do efeito da base de comparação, vale mencionar a expansão do negócio, com o impacto de 22 lojas adicionais no período, e a pressão inflacionária nas linhas de ocupação e pessoal”, justificam.
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Por fim, é descontado ainda no balanço do primeiro trimestre o resultado financeiro, negativo em R$ 68,5 milhões, alta de 78,9% na comparação com aquilo registrado em 2021. “Aumento foi decorrente, principalmente, do aumento da despesa financeira com juros
sobre empréstimos, como consequência do aumento da taxa CDI, e do aumento em outras despesas financeiras refletindo o ajuste a valor presente das compras de fornecedores mais relevante, dado alta da taxa Selic”, comentam.
A C&A fechou março com uma dívida líquida de R$ 1,07 bilhão, alta de 492,9% na base anual.
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