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SÃO PAULO – “Dizem que os 90 são os novos 70 e, no caso de Warren Buffett, pode ser verdade”. Foi assim que o portal americano CNBC descreveu a nova aposta do megainvestidor, anunciada no último domingo (30), em pleno aniversário de 90 anos do Oráculo de Omaha.
O presidente do conselho e diretor executivo da Berkshire Hathaway anunciou que sua empresa adquiriu uma participação de pouco mais de 5% em cada uma das cinco principais tradings japonesas.
São elas: Itochu Corp., Marubeni Corp., Mitsubishi Corp., Mitsui & Co. e Sumitomo Corp. A Berkshire informou que adquiriu as participações ao longo de um período de aproximadamente 12 meses por meio de compras regulares na Bolsa de Valores de Tóquio.
Com base nos preços de fechamento de sexta-feira, uma participação de 5% seria avaliada, em conjunto, em cerca de US$ 6,25 bilhões. As ações das companhias tiveram fortes ganhos na sessão desta segunda na bolsa japonesa, com ganhos de 4,19% para os ativos da Itochi, de 9,48% para os papéis da Marubeni, de 7,72% para as ações da Mitsubishi, de 7,35% para Mitsui e de 9,09% para os ativos da Sumitomo.
As tradings japonesas – conhecidas como “sogo shosha” – são conglomerados que importam de tudo, desde energia e metais a alimentos e produtos têxteis para o Japão, que conta com poucos recursos. Eles também fornecem serviços para fabricantes. As tradings ajudaram no crescimento da economia japonesa e contribuíram para a globalização dos negócios no país.
Mas, à medida que expandiram sua presença no exterior, também se tornaram mais vulneráveis aos contratempos da economia global, como a crise financeira de uma década atrás, além de enfrentarem competição crescente.
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Segundo a Berkshire, as companhias são um investimento de longo prazo e ela pode aumentar sua fatia em qualquer uma delas até no máximo 9,9%, dependendo do preço dos ativos. Vale destacar que qualquer compra acima deste percentual só vai ocorrer se aprovada pelos conselhos de administração das tradings – o que está em linha com o histórico de Buffett de nunca fazer um investimento hostil.
Ao falar sobre suas intenções de investimento nas companhias, a Berkshire Hathaway também fez referência para o seu histórico de participações passivas de longo prazo em empresas como a Coca-Cola Co., American Express Co. e Moody’s Corp., que abrangem várias décadas.
“Estou muito satisfeito por ter a Berkshire Hathaway participando do futuro do Japão e das cinco empresas que escolhemos para investimento”, disse o Oráculo de Omaha, apontando que as companhias têm muitas joint ventures ao redor do mundo e devem fazer novas parcerias do tipo. “Espero que, no futuro, haja oportunidades de benefício mútuo,” disse Buffett.
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Vale destacar que, também nesse mês de agosto, a Berkshire Hathaway anunciou a compra de cerca de US$ 560 milhões em ações da mineradora canadense Barrick Gold Corporation. Dona de cinco das dez maiores minas de ouro do mundo, a companhia atua em 13 países, extrai cerca de 142 toneladas do metal por ano e possui reservas da ordem de 1,7 mil toneladas, segundo informações da própria Barrick Gold.
Atualmente, a maior fatia do portfólio de Waren Buffett está concentrada no setor de tecnologia, com destaque para a Apple. Posições relevantes também estão no setor financeiro, em nomes como Bank of America. Já a Coca-Cola aparece em terceiro lugar entre as maiores apostas de Buffett.
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