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SÃO PAULO – “Ainda não encontramos evidências de que elevar a tributação, como ocorreu recentemente ou em outubro de 2009, leve a uma considerável ou mesmo sustentável desvalorização do real ante aquela guiada pelos fundamentos”. Eis a conclusão do BTG Pactual diante das recentes medidas adotadas pelo Ministério da Fazenda para conter a escalada da divisa doméstica.
De acordo com Eduardo Loyo, Claudio Ferraz e Livio Ribeiro, analistas do banco, a depreciação observada na cotação do real logo após a segunda elevação consecutiva no IOF (Imposto sobre Operações Financeiras) não deve ser lida como fruto do aumento no imposto, mas é importante observar outras variáveis que interferem no comportamento da moeda.
“Como o valor da moeda depende de vários outros fatores determinantes além da taxa de IOF, e os determinantes podem muito bem mover-se (ou parar de se mover) ao mesmo tempo em que as taxas de IOF são alteradas”, comenta a equipe do BTG.
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Fundamentos e limitações do IOF
Ainda segundo os analistas, as alterações no imposto têm impacto muito pequeno face às flutuações da moeda, e também em relação à parcela dessas flutuações que podem ser explicadas pelos fundamentos.
Por fim, embora revelem sua crença de que a depreciação deverá ter vida curta, os analistas assumem ter encontrado “alguma evidência consistente de um enfraquecimento temporário e modesto da moeda, como consequência das medidas fiscais”.
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