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SÃO PAULO – Enquanto o noticiário político deve seguir movimentado nesta quarta-feira (2), com a votação da meta fiscal e do parecer contra o presidente da Câmara dos Deputados, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), que ficou para hoje, o noticiário corporativo segue movimentado. Destaque, mais uma vez, para o BTG Pactual, além das aquisições da BRF. Confira os principais destaques abaixo:
BTG Pactual
A agência de classificação de risco Moody’s retirou nesta terça-feira o grau de investimento do banco BTG Pactual (BBTG11), devido aos desafios que a instituição enfrenta para manter a liquidez após a prisão de seu controlador e ex-presidente-executivo, André Esteves, no âmbito da Lava Jato.
Os ratings do banco foram rebaixados em dois degraus, de Baa3 para Ba2 –segunda nota dentro do grau especulativo. Além disso, os ratings do banco e de suas filiais em Grand Cayman e Luxemburgo foram colocados em revisão para potencial novo rebaixamento.
A Moody’s ressaltou que apesar dos esforços dos novos dirigentes da instituição para restaurar a confiança de seus clientes e contrapartes, o “banco continua exposto a pressões de liquidez se esses esforços não forem efetivos”.
Além disso, o banco informou hoje que vendeu ao GIC (Government of Singapore Investment Corporation) a sua fatia na Rede D’Or São Luiz por R$ 2,38 bilhões, representativas de investimento proprietário e de terceiros. Em comunicado ao mercado, a companhia informou que o fechamento da operação está condicionado à aprovação da autoridade concorrencial competente. O BTG não informou no comunicado a porcentagem da participação.
BRF
A BRF (BRFS3) anunciou na terça-feira aquisições de empresas no Reino Unido, Argentina e Tailândia por uma soma total equivalente a cerca de US$ 496 milhões, dando prosseguimento a estratégia de globalizar suas operações.
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A maior exportadora de carne de frango do mundo anunciou a compra da totalidade das ações ordinárias da tailandesa Golden Foods Siam por US$ 360 milhões, incluindo os ativos da companhia na Tailândia e na Europa.
“A Golden Foods Siam é uma das líderes do mercado de produção de aves da Tailândia, com operação integrada e presença em mais de 15 mercados globais”, disse a BRF no comunicado.
Na Argentina, a BRF disse ter assinado proposta vinculante para compra da totalidade das ações da Eclipse Holding Cooperatief UA, sociedade holandesa que controla a Campo Austral, que tem operações integradas no mercado de suínos na Argentina, incluindo o mercado de frios, com base no valor total de 85 milhões de dólares.
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No Reino Unido, por sua vez, a BRF disse ter fechado memorando de entendimento de natureza vinculante para a compra da Universal Meats por 34 milhões de libras esterlinas (US$ 51,2 milhões).
Em relatório, analistas do BTG Pactual classificaram o movimento como “ousado”, destacando a aquisição na Tailândia, destacando que a aquisição não é apenas relativamente grande, mas também é um marco, uma vez que contribui para que a BRF, pela primeira vez, tenha uma grande produção de aves e capacidade de processamento fora do Brasil em um local com custos competitivos e que compete diretamente com o mercado nacional, além de ressaltar o processo de internacionalização da companhia.
Petrobras
A Petrobras (PETR3;PETR4) obteve aval do Cade para vender fatia da Gaspetro para a Mitsui. A operação fo aprovada sem restrições, segundo despacho do Cade publicado no Diário Oficial. A Operação envolve compra, por parte da Mitsui Gás e Energia do Brasil, de participação minoritária no capital social da Gaspetro. Em outubro, a Petrobras autorizou venda de 49% da Gaspetro para a Mitsui por R$ 1,9 bilhão.
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Vale
A Vale (VALE3; VALE5) e a Samarco convidaram ontem a Advocacia-Geral da União (AGU) e as Procuradorias de Minas e Espírito Santo para uma reunião nesta quarta-feira, às 14h, em Belo Horizonte. As empresas vão se posicionar sobre a ação judicial de cobrança de R$ 20 bilhões de indenização pelo desastre em Mariana, Minas Gerais.
Além disso, o Ministério Público já trabalha com a possibilidade de falência da Samarco por conta das despesas com reparação ambiental pelo rompimento da barragem da empresa no distrito de Bento Rodrigues, em Mariana, Minas Gerais, e estuda cobrar participação das duas controladoras da mineradora, Vale e BHP Billiton, na cobertura dos prejuízos.
Segundo o procurador Bruno Magalhães, do Ministério Público Federal (MPF) em Governador Valadares, leste de Minas, e o promotor Mauro da Fonseca Ellovitch, do Ministério Público Estadual (MPE), além de decisões judiciais exigindo recursos da empresa, e acordos prevendo a criação de fundo, é preciso estudar também medidas para garantir arresto de patrimônio físico da mineradora.
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BR Properties
A BR Properties (BRPR3) informa que recebeu nesta terça-feira, 1, a renúncia de André Esteves, datada de 29 de novembro, ao cargo de membro do conselho de administração da companhia. O executivo ocupava o cargo de presidente do colegiado. Será realizada reunião do conselho nesta quarta-feira, 2, para eleição de um conselheiro substituto.
Além disso, ontem a companhia concluiu a alienação de ativos de R$ 1,95 bilhão.
Ainda na terça-feira ocorreu na BM&FBovespa um leilão para venda em bloco de ações da companhia, correspondente a uma fatia de 5,96% do seu capital, que movimentou R$ 223,6 milhões, em uma operação intermediada pelo BTG Pactual.
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MMX
O Conselho de Administração da MMX Mineração (MMX3) aprovou o grupamento de ações da companhia de 25 para um.
Smiles e Porto Seguro
A Smiles (SMLE3) teve sua recomendação elevada de manutenção para compra pelo Santander, enquanto a Porto Seguro teve a recomendação elevada de underperform para manutenção pelo mesmo banco. Os analistas da instituição destacam que possuem uma visão construtiva sobre as instituições finanças não-bancárias e que, embora as perspectivas para a economia do país continuem a ser negativas, esperam que a maioria das empresas do setor tenha um crescimento do lucro por ação de um dígito em 2016, o que seria um ponto positivo definitivo no clima atual. O Santander mantém preferência por ações defensivas, tais como: BB Seguridade (BBSE3) e Cielo (CIEL3).
Souza Cruz
A CVM (Comissão de Valores Mobiliários) aprovou o cancelamento de registro da Souza Cruz (CRUZ3) como companhia de capital aberto.
Minerva
Edison Ticle, diretor financeiro da Minerva (BEEF3), falou em entrevista em Nova York para a Bloomberg, onde a companhia promoveu reunião com investidores. Ticle vê crescimento de “um dígito” nas exportações de carne em 2016, impulsionadas pela demanda na China e Oriente Médio. As exportações representam 75%-80% da receita da empresa.
(Com Reuters, Agência Estado e Bloomberg)
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