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Em comunicado ao mercado enviado na manhã desta sexta-feira (14), a brMalls (BRML3) informou que seu Conselho de Administração decidiu, por unanimidade, recusar a proposta de combinação dos negócios com a Aliansce Sonae (ALSO3).
A companhia entendeu que a proposta subavalia, consideravelmente, o valor justo da brMalls e do seu portfolio de ativos e, portanto, não atende aos melhores interesses dos acionistas.
A brMalls informou que está constantemente avaliando alternativas estratégicas que possam gerar valor para a companhia e seus acionistas.
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Porém, de acordo com fontes ouvidas pelo InfoMoney, a recusa da brMalls não significa que as negociações se encerraram, uma vez que a Aliansce deve seguir com as conversas com a empresa a respeito dos benefícios da transação, como as sinergias a longo prazo.
Conforme destaca a Levante Ideias de Investimentos, a apresentação de uma proposta formal, que foi recusada, deve manter o mercado atento a possíveis movimentações entre as duas empresas, já que há consenso que a fusão faz bastante sentido operacional.
“De fato, o foco na proposta apresentada parece ser as sinergias que as operadoras teriam ao combinar o seus negócios, criando uma gigante com aproximadamente 69 shoppings e cerca de R$ 38,5 bilhões em vendas de lojistas, consagrando-se como o maior player do setor da América Latina”, avaliam.
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A nova empresa combinada consiga capturar cerca de R$ 160 milhões em sinergias, tendo um lucro antes juros, impostos, depreciações e amortizações (Ebitda, na sigla em inglês) de cerca de R$ 2 bilhões no final de seu segundo ano. A nova empresa ainda teria um expressivo poder de barganha com os lojistas na negociação de aluguel, com as grandes redes de varejo tendo cerca de 2,5 vezes mais lojas do que na Multiplan (MULT3), segunda maior empresa do setor.
Os papéis BRML3 fecharam em alta de 7,01%, a R$ 8,40, enquanto os ativos ALSO3 subiram 2,29%, a R$ 20,06.
A proposta
A Aliansce Sonae informou na noite de ontem que havia enviado no dia 4 uma Proposta Não Vinculante de Combinação de Negócios ao Conselho de Administração da brMalls, confirmando um movimento aguardado desde o final de dezembro.
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Pela proposta da Aliansce, os acionistas da brMalls receberiam 50% da nova empresa mais um pagamento em dinheiro.
Os acionistas da brMalls receberiam cerca de 265 milhões de novas ações ordinárias da Aliansce Sonae, ou 50% de seu capital social, com uma relação de troca de aproximadamente 0,32 ação ordinária da Aliansce para cada ação ordinária da BR Malls.
O pagamento em dinheiro totalizaria R$ 1,35 bilhão, ou cerca de 20% do valor de mercado da brMalls.
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“Esta fusão de iguais tem capacidade de fortalecer os negócios da companhia combinada, aproveitando os talentos e as melhores práticas de cada uma das companhias… Além disso, deve gerar inúmeras oportunidades de crescimento”, disse a Aliansce.
A Aliansce Sonae tinha, até o fechamento da sessão da véspera, um valor de mercado de R$ 5,21 bilhões, enquanto o da brMalls chega a R$ 6,85 bilhões, segundo dados do Refinitiv Eikon.
A Aliansce destacou em apresentação ao mercado que a combinação criaria um dos líderes da América Latina no setor. Além disso, apontou pontos positivos para governança, combinando estrutura de corporation com acionistas estratégicos de referência e de longo prazo.
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A ação seria a mais líquida no setor de shopping centers na América Latina e a única no Novo Mercado, sendo o ativo de preferência para qualquer investidor global. Além disso, seria uma plataforma pronta para oferecer experiências únicas de “phygital” aos clientes, sendo parceiro de preferência para consumidores, varejistas e incorporadoras, com uma organização mais enxuta, eficaz e eficiente. Haveria também claras sinergias potenciais a serem capturadas.
(com Reuters)
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