Brics estuda criação de moeda de reserva baseada em cesta com divisas, diz Putin

Putin ressaltou que o Sistema Russo de Mensagens Financeiras (SPFS, na sigla em inglês) está aberta aos bancos do Brics.

Estadão Conteúdo

O presidente da Rússia, Vladimir Putin, participa da sua conferência anual de imprensa em Moscou, em 19 de dezembro de 2019 (Foto por Mikhail Svetlov/Getty Images)
O presidente da Rússia, Vladimir Putin, participa da sua conferência anual de imprensa em Moscou, em 19 de dezembro de 2019 (Foto por Mikhail Svetlov/Getty Images)

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Em discurso virtual durante o Fórum Empresarial do Brics, o presidente da Rússia, Vladimir Putin, informou que o bloco, formado por Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul, estuda a criação de uma moeda de reserva internacional baseada em uma cesta com as divisas do grupo.

O líder russo não apresentou detalhes adicionais sobre a proposta, que vem em meio aos esforços de potências ocidentais para bloquear Moscou do sistema financeiro global, como retaliação pela guerra na Ucrânia.

Putin ressaltou que o Sistema Russo de Mensagens Financeiras (SPFS, na sigla em inglês) está aberta aos bancos do Brics.

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Criada pelo Banco da Rússia, a rede atua como alternativa ao Swift, da qual o país foi excluído. “Junto com os parceiros do Brics, estamos desenvolvendo mecanismos alternativos confiáveis para compensações internacionais”, disse.

O presidente russo destacou ainda que o Kremlin toma medidas para mitigar os efeitos negativos das sanções ocidentais e fortalecer as relações comerciais com aliados.

“Nossa política macroeconômica mostra sua eficácia na prática”, argumentou ele, que disse que a situação na indústria já começa a ser “estabilizada”.

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Putin lembrou também que companhias russas de tecnologia ampliaram atuação em Índia e África do Sul, enquanto os satélites do país permitem transmissões televisivas para até 40 milhões de habitantes do Brasil.

O chefe do Kremlin alegou que empresas nos países emergentes precisam lidar com um cenário desafiador, causado pela suposta recusa do Ocidente em aderir aos princípios básicos da economia de mercado, livre-comércio e inviolabilidade da propriedade privada. “Eles seguem, de fato, um rumo macroeconômico irresponsável, incluindo o lançamento da ‘impressora’ – emissão descontrolada e acúmulo de dívidas sem garantias”, criticou.

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