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SÃO PAULO – Além das falas do presidente americano Donald Trump e o noticiário sobre a previdência, o mercado fica de olho no noticiário corporativo movimentado, com notícias sobre a Vale, resultado da Rumo e Biosev, elevação de recomendação da BR Distribuidora, entre outros destaques. Confira no que ficar de olho nesta sessão:
Vale (VALE3)
Conforme informa o Valor Econômico, a Vale também enfrentará uma disputa no Cade. Empresas que atuam no setor de mineração e exportações de minério de ferro entraram no Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade) contra a aquisição do controle da Ferrous Resources Limited pela mineradora.
A CSN alegou que se a operação for aprovada ela poderá provocar efeitos anticoncorrenciais que atingiriam outras mineradoras. A Porto Sudeste também alegou que o negócio, se concretizado, poderá causar danos à competição no setor de terminais portuários para minério de ferro.
Já o Ministério Público de Minas Gerais teve acesso a documentos da mineradora Vale que revelam que a barragem em Brumadinho (MG) estava classificada internamente em “zona de atenção”. Além dela, outras nove estruturas estavam na mesma situação no ano passado. O ministério cobra a elaboração imediata de um plano de emergência pela mineradora.
Rumo (RAIL3)
A Rumo teve um lucro líquido de R$ 137 milhões no quarto trimestre de 2018, revertendo prejuízo de R$ 57 milhões em igual período de 2017. Esta foi a primeira vez desde 2015 que a Rumo apresentou lucro líquido, totalizando R$ 273 milhões, ante prejuízo de R$ 258 milhões em 2017.
A companhia de concessões ferroviária e de terminais portuários atribuiu o resultado à consolidação da virada operacional e financeira após a fusão com a ALL em 2015.
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A receita líquida da Rumo no quarto trimestre teve alta 3,4%, alcançando R$ 1,6 bilhão. Já o Ebitda (lucro antes de juros, impostos, depreciações e amortizações) caiu 1% na base anual, totalizando R$ 723 milhões, enquanto o Ebitda ajustado (que desconsidera os efeitos de uma provisão realizada para baixa contábil na Malha Oeste) teve alta de 9% no trimestre, para R$ 796 milhões.
De acordo com o Bradesco BBI, os números foram positivos, em meio ao crescimento dos volumes transportados. A recomendação do banco para os ativos RAIL3 é outperform, com preço-alvo de R$ 21.
Petrobras (PETR3;PETR4)
A Petrobras comunicou que o seu resultado de 2018 será divulgado em 27 de fevereiro, após o fechamento do mercado. No dia 28, serão realizadas duas
teleconferências/webcasts para discussão do desempenho em 2018,
disse a estatal em comunicado. A primeira será em português às 10h e a segunda em inglês às 11h.
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BRF (BRFS3)
A BRF anunciou campanha de recolhimento de aproximadamente 164,7 toneladas de carne de frango in natura destinadas ao mercado doméstico e a retirada preventiva de aproximadamente 299,6 toneladas destinadas ao mercado internacional, segundo comunicado ao mercado, totalizando 464,3 toneladas.
A carne foi produzida nos dias 30 de outubro de 2018 e 05, 06, 07, 09, 10 e 12 de novembro de 2018 na unidade de Dourados (MS). O recolhimento do produto ocorre “em decorrência de possível presença de bactéria Salmonella enteritidis”.
A BRF informou que destacou um grupo de especialistas para investigar as origens deste único caso para garantir a adoção das medidas apropriadas para evitar recorrência. O caso e o recolhimento de produtos foram formalmente reportados para as autoridades brasileiras, entre elas, o Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento – MAPA e a Agência Nacional de Vigilância Sanitária – ANVISA, tendo acordado com esta última as bases do recolhimento voluntário.
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A “Bactéria Salmonella não resiste ao tratamento com calor, ou seja, os processos tradicionais de cozimento são suficientes para eliminar qualquer potencial perigo causado pela presença da bactéria”, disse a companhia.
O Itaú BBA ressalta em nota que esta é uma notícia negativa para a BRF, ainda que o volume total seja insignificante (0,03% do mercado interno e 0,02% do mercado internacional). Isso porque mostra que a BRF ainda tem problemas de salmonela que levam anos para ser resolvidos, enquanto que lguns mercados de exportação (como a Europa) têm quase zero tolerância à presença de salmonelas, o que dificulta a retomada das exportações. Por outro lado, a maneira como a companhia agiu foi a melhor possível nesse cenário: “a longo prazo, é provável que ajude a empresa a recuperar a imagem de controle de qualidade”, afirmam os analsitas do banco.
CCR (CCRO3)
O Valor teve acesso a depoimentos de ex-executivos da CCR que apontam outro esquema de superfaturamento em contratos de prestação de serviço, similar ao que já havia sido noticiado no ano anterior e já embutido no acordo de leniência assinado no ano passado. De acordo com a notícia, até agora a negociação e os nomes das construtoras eram mantidos em sigilo.
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A apuração dos fatos ilícitos já estava sendo conduzida pelo Ministério Público do Estado de São Paulo (MP-SP), e resultou na assinatura de um acordo de leniência em novembro pelo qual a CCR se comprometeu a pagar uma multa de R$ 81,5 milhões.
A CCR informou que, conforme informações divulgadas em dezembro, apresentou às autoridades competentes as conclusões das apurações do comitê independente, órgão criado pelo conselho de administração da companhia, além de informar que nenhum executivo ligado aos fatos apurados permanece na companhia. Mesmo assim, caso novos ilícitos sejam descobertos, o acordo poderá ser rompido e novas investigações abertas de acordo com a notícia.
BR Distribuidora (BRDT3)
Duas notícias agitam o noticiário de BR Distribuidora. A companhia informou que o modelo para lojas conveniência e parceiro ainda não foram definidos ao responder ao questionamento da CVM sobre notícias de que havia atraído o interesse do GPA, Americanas e BMI por parceria.
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A companhia ainda teve a recomendação elevada pelo Credit Suisse para outperform. “Acreditamos que a cada dia está mais claro que a privatização parece o caminho mais provável para a empresa. O preço do papel já reflete alguma possibilidade de privatização mas nossa leitura é de que ainda está longe de incorporar totalmente esta possibilidade. O nosso preço-alvo de R$ 34 por ação para o papel incorpora um cenário de blend entre privatização e “’business-as-usual’. Também incorporamos CDS e taxa de juros mais baixas somados ao cash inflow dos recebíveis da Eletrobras”, afirmam os analistas.
BB Seguridade (BBSE3)
A BB Seguridade teve a recomendação reduzida pelo Morgan Stanley de overweight para equalweight. O preço-alvo foi reduzido de R$ 29 para R$ 28, implicando potencial de baixa de 3,2% em relação ao último fechamento.
Gafisa (GFSA3)
O Grupo GWI está em contato com Cerberus e Starboard por um resgate financeiro para a Gafisa, destacou o Valor Econômico citando fontes não identificadas com conhecimento do assunto. A Cerberus avalia ativos e participação acionária na Gafisa, diz o jornal citando uma fonte. As conversas são preliminares.
O GWI também procurou Starboard, que representa o fundo Apollo no Brasil. A Gafisa e Starboard não fizeram comentários, enquanto a Cerberus disse ao jornal que não comenta processos específicos, mas que avalia, ativamente, investimentos no mercado imobiliário brasileiro.
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Saneamento
Em destaque no noticiário de saneamento, o Valor Econômico informa que o governo pretende enviar um projeto substitutivo à Medida Provisória nº 868, que instituiu o novo marco regulatório para o setor de saneamento básico. Com a concordância da equipe de transição do governo Bolsonaro, o texto foi reeditado na última semana da gestão Michel Temer, mas agora a avaliação é que a proposta necessita de alguns ajustes.
Alguns pontos chamaram a atenção do Credit Suisse: (1) são 477 emendas; (2) algumas empresas estatais e governos não querem o artigo 10C que obriga o chamamento público; e (3) o governo pode apresentar um substituto para MP para aumentar a chance de aprovação.
“Nossa impressão é que se tirar o artigo 10C, mas manter o 8D, a privatização não fica inviabilizada, mas talvez a torne menos valiosa. Alem disso, outro ponto que nos parece de grande importância é concentrar a regulação na ANA para poder dar mais segurança ao setor. De qualquer forma, isso mostra que saneamento está na pauta do Governo, mas a aprovação da MP pode demorar mais do que o mercado espera”, avaliam os analistas do banco.
B3 (B3SA3)
A B3 divulgou os dados operacionais do mês de janeiro. Em ações, o volume médio diário de negociação de R$ 16,9 bilhões representou um crescimento de 16% versus dezembro e foi 37% maior do que a média do ano de 2018, menor apenas do que em outubro do ano passado. Em derivativos, a B3 apresentou 17% de crescimento mensal e ficou 8% acima da média de 2018. Com relação a Renda Fixa, o volume em permanência apresentou crescimento de 16% com relação ao mesmo período do ano passado.
“A B3 iniciou bem o ano de 2019 em termos de volumes e seguimos confiantes de que, com sua alavancagem operacional e novos produtos, será uma das grandes beneficiadas pelo gradual aumento dos volumes negociados no país e aquecimento do mercado de capitais. Reiteramos nossa recomendação de compra com preço-alvo de R$ 35,00 por ação”, avaliam os analistas da XP Research.
WEG (WEGE3)
A WEG comunicou a aquisição do negócio de Sistemas de Armazenamento de Energia por Baterias da Northern Power Systems (NPS), empresa que projeta, desenvolve e fabrica sistemas de armazenamento de energia, em Barre, Vermont, EUA.
Pelo acordo, a WEG se tornará a única proprietária dos ativos, carteira de patentes, know-how e materiais afins, incluindo todos os desenhos, projetos, especificações e software utilizados nos projetos e manutenção dos sistemas de armazenamento de energia por baterias da NPS. A WEG também irá manter a equipe comercial e de engenharia que realiza pesquisas e desenvolvimento deste negócio.
“Embora a empresa não tenha anunciado números, se trata de uma aquisição estratégica e sinérgica ao portfólio da WEG, em linha com sua estratégia de diversificação”, destaca a XP Research.
Biosev (BSEV3)
A Biosev informou que sua perda na safra de 2018/19 até dezembro aumentou 8,4%, para R$ 892,6 milhões, na comparação com o mesmo período do ciclo anterior. A empresa teve perda de R$ 230 milhões, ou 17%, no terceiro trimestre do ano-safra encerrado em dezembro na comparação anual devido, principalmente, à desvalorização da moeda brasileira.
(Com Agência Brasil e Agência Estado)