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SÃO PAULO – A BRF (BRFS3) reportou prejuízo de R$ 271 milhões no terceiro trimestre de 2021 (3TRI21), contra um lucro líquido de 219 milhões no mesmo trimestre do ano passado.
O resultado mostrou uma alta de 36,5% do prejuízo reportado no segundo trimestre de 2021, que havia sido de R$ 199 milhões.
O lucro antes de juros, impostos, depreciações e amortizações (Ebitda) ajustado no período, porém, subiu 3,9%, chegando a R$ 1,367 bilhão, contra R$ 1,317 bilhão de um ano atrás.
A margem Ebitda (Ebitda sobre receita líquida) ajustada caiu 2,2 pontos percentuais, para 11%.
A receita líquida, por sua vez, teve um incremento de 24,6% na comparação anual, para R$ 12,390 bilhões.
Já o volume comercializado subiu 5,1% no trimestre, para 1,168 milhão de toneladas.
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“O cenário continua desafiador e enxergamos diversas variáveis que ainda podem impactar o consumo, como a alta da inflação, queda na confiança do consumidor e conjuntura econômica”, escreveu Luz Jr.
Em contrapartida, a dívida líquida da empresa acelerou 14,6%. No período, chegou a R$ 16,682 milhões.
O lucro bruto cresceu 12%, para R$ 2,625 bilhões, o que foi comemorado pela empresa: “nossos resultados deste terceiro trimestre refletem os ganhos de produtividade implementados nestes últimos anos, e que estão refletidos nas sólidas margens e no crescimento nominal de Lucro Bruto e Ebitda, mesmo em um ambiente inflacionário acentuado. Nossa estratégia de gestão de marcas tem se mostrado vencedora, com o avanço de preferência, colocando a Sadia no topo do ranking como a marca preferida do setor de alimentos no Brasil em setembro de 2021”.
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A estratégia da companhia repassar preços para reequilibrar as margens da indústria ante um cenário inflacionário global considerado “sem precedentes”.
“Avançamos, portanto, reportando o segundo trimestre consecutivo de expansão de volumes de venda, alcançando patamar similar ao mesmo período do ano passado, o que representa o maior resultado para um terceiro trimestre desde 2015”, exaltou Lorival Nogueira Luz Jr., Diretor-Presidente.
A empresa ainda ressalta investimentos de cerca de R$ 300 milhões, para ampliação da capacidade produtiva, com a nova fábrica de Seropédica, na grande Rio de Janeiro.
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“Esta é a 40ª unidade produtiva da Companhia, a primeira dedicada exclusivamente à produção de salsichas e uma das mais avançadas no conceito de Indústria 4.0, com utilização de energia limpa, mínima geração de resíduo sólido e com reaproveitamento de água e resíduos em diversos processos”, celebrou Luz Jr.
O Segmento Brasil reportou 577 mil toneladas comercializadas, uma queda de 0,6%, na base anual.
Diante do cenário, as exportações diretas cresceram 17,9%, para 179 mil toneladas no período. A empresa apresentou um crescimento contínuo dos volumes de exportação, com preços em dólares, reflexo da maior demanda internacional por alimentos, principalmente nas regiões do Oriente Médio, Norte da África e Américas.
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O maior crescimento em volume foi de aves in natura: 6,5%, para 496 mil toneladas. Processados foi o único que caiu, com menos 0,7%, para 490 mil toneladas.
Análise
O Bradesco BBI destacou o Ebitda ajustado 5% acima do consenso, apesar da alavancagem (dívida líquida / Ebitda) ter ultrapassado um pouco a meta da empresa de 3x.
O banco destaca que o perfil de risco / retorno da ação é atraente, já que uma potencial fusão e aquisição com a Marfrig pode resultar em um prêmio para os acionistas minoritários e redução de custos de insumos em 2022 ainda não está precificada no papel.
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Dessa forma, o Bradesco BBI mantém avaliação outperform para ações da BRF, e preço-alvo de R$ 32.
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