BRF (BRFS3) reverte prejuízo e lucra R$ 1,13 bilhão no terceiro trimestre

A companhia distribuirá R$ 946 milhões em Juros sobre Capital Próprio (JCP)

Camille Bocanegra

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A BRF (BRFS3) divulgou seus resultados do terceiro trimestre de 2024 na noite desta quarta-feira (13). A companhia registrou lucro líquido de R$ 1,13 bilhão no período. No mesmo período do ano passado, a BRF teve prejuízo de R$ 262 milhões. A receita da BRF (BRFS3) ficou em R$ 15,5 bilhões no 3T24, com alta de 12,4% em relação ao mesmo período de 2023.

“A BRF reportou nesse trimestre avanços operacionais em todos os aspectos e um desempenho consistente de vendas em todos os mercados de atuação. Os números crescentes foram impulsionados pelas capturas em eficiência, ampliação dos destinos de exportação e pelo crescimento da participação de produtos processados nas vendas. Esse desempenho confirma que estamos no rumo certo com uma empresa cada vez mais forte e sustentável”, afirmou Miguel Gularte, CEO da BRF.

Já o lucro antes de juros, impostos, depreciações e amortizações (Ebitda, na sigla em inglês), ficou em R$ 3 bilhões, com margem de 19,1%. A companhia informou que se trata do melhor patamar para um terceiro trimestre.

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A geração de caixa livre foi de R$ 1,8 bilhão, o que permitiu a redução da dívida líquida em 34% na comparação com o mesmo período do ano passado. O movimento fez com que a companhia chegasse a sua menor alavancagem histórica, em 0,7 vezes a relação entre Ebitda e dívida líquida. A dívida bruta ficou em R$ 18,9 bilhões.

“Hoje já temos mais convicção em voltar a investir em prol do crescimento da capacidade da companhia”, afirma Miguel Gularte.

Na operação brasileira, a companhia apresentou Ebitda de R$ 1,2 bilhão, com margem de 16,6%. A receita, por sua vez, cresceu 10,4% na comparação com o mesmo período de 2023.

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A companhia destacou, em coletiva de imprensa sobre os resultados, os passos estratégicos em direção ao mercado na Arábia Saudita. Sobre os preços praticados no mercado externo, a administração considera que se estabelece uma estabilidade de preços, ainda que algumas regiões apresentem aumento de preços na carne bovina. “Vemos um equilíbrio muito forte de oferta e demanda no próximo ano”, diz Leonardo Dallorto, vice presidente de Mercado Internacional e Planejamento.

Sobre mudanças em movimentos de mercado após as eleições dos Estados Unidos, a administração afirmou que há monitoramentos para garantir que a companhia aproveite a demanda por outros cortes além da carne bovina.

“A gente vê um mercado estabilizado para 2025 e a gente não vê nenhum sinal que a situação seja de desequilíbrio”, afirma o CEO.

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O conselho aprovou a distribuição de Juros sobre Capital Próprio (JCP) aos acionistas de R$ 946 milhões. É a primeira vez que a companhia paga remuneração aos acionistas desde 2016.

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