Braskem dispara 7% com oferta de compra e Eletrobras salta 8% com recomendação de privatização

O Ibovespa encerrou com alta de 2,96%, aos 88.515 pontos, nas máximas do dia

Weruska Goeking

(Divulgação/Braskem)
(Divulgação/Braskem)

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SÃO PAULO – A bolsa brasileira ganhou força na tarde desta sexta-feira (16) e encerrou em suas máximas após o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, afirmar que está otimista em relação a uma solução na disputa comercial com a China.

Ibovespa encerrou com alta de 2,96%, aos 88.515 pontos, nas máximas do dia. O volume negociado foi de R$ 15,93 bilhões. Na semana, o principal índice da B3 acumulou ganhos de 3,13%. O contrato de dólar futuro com vencimento em dezembro recuou 1,10%, para R$ 3,746, e o dólar comercial teve perdas de 1,32%, cotado a R$ 3,738 na venda. 

Confira os destaques corporativos da Bolsa:

Braskem (BRKM5; BRKM3)
As ações da Braskem dispararam com a informação de que a LyondellBasell está prestes a fazer uma oferta vinculante para adquirir o controle da empresa, segundo fontes ouvidas pela Reuters. 

Segundo a Reuters, a LyondellBasell está discutindo a extensão de um contrato de fornecimento de nafta de longo prazo com a Petrobras como essencial para a valorização da Braskem. As negociações entre as empresas devem terminar nos próximos dias, de acordo com a reportagem. 

Petrobras (PETR3; PETR4)

Os papéis da Petrobras sobem seguindo o ajuste do mercado após um pregão de euforia dos ADRs (American Depositary Receipts) durante o feriado, quando os ativos da estatal negociados em Nova York tiveram ganhos de mais de 2%. Além disso a recuperação do petróleo, que sobe cerca de 1,5% no exterior, também ajuda na alta das ações.

Forjas Taurus (FJTA3FJTA4)

A fabricante de armas Forjas Taurus esclareceu uma confusão ocorrida com a divulgação de seu resultado do terceiro trimestre. Diferente do que aparece em seu release, a companhia não teve prejuízo de R$ 44,6 milhões entre julho e setembro, mas um lucro de R$ 48 milhões. Veja o esclarecimento da empresa aqui

O ebitda (lucro antes de juros, impostos e amortizações) do terceiro trimestre foi de R$ 24,3 milhões, ante um desempenho negativo de R$ 27,6 milhões um ano antes. 

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Contudo, no acumulado do ano, a companhia amarga prejuízo de R$ 44,6 milhões, ligeira melhora ante o resultado negativo em R$ 50,4 milhões no intervalo de janeiro a setembro de 2017. A Taurus registra prejuízo há cinco anos consecutivos. Veja aqui o que a nova gestão da empresa tem feito para reverter esse quadro e convencer o mercado.

TIM (TIMP3)

Ainda na novela da demissão, na terça-feira (13), de Amos Genish como CEO da companhia italiana, ele falou que foi alvo de um “golpe soviético” por parte da gestora de recursos norte-americana Elliott, que controla o conselho de administração.

“Enquanto estava no meio de uma viagem de trabalho à Ásia para falar de 5G e depois de o presidente [Fulvio Conti] ter me garantido que não haveria um conselho de administração, eles convocam a reunião e fazem um verdadeiro golpe soviético contra mim”, disse Genish.

A saída ocorreu poucos dias depois da divulgação dos resultados da empresa no terceiro trimestre, que mostraram um prejuízo acumulado de 800 milhões de euros nos nove primeiros meses de 2018.

O resultado se deve à decisão do conselho, tomada na ausência de Genish, de desvalorizar o aviamento (lucro potencial) da TIM em 2 bilhões de euros.

Smiles (SMLS3)

As ações da Smiles aparecem entre os maiores ganhos do Ibovespa após acionistas minoritários, que detêm mais de 5% das ações, encaminharem uma notificação formal para a diretoria de relações com investidores da empresa pedindo explicações sobre a operação de reestruturação da Gol que irá incorporar a companhia de programa de fidelidade.

A informação é do jornal Valor Econômico, que cita fundos como Atmos, Linus e Opportunity como autores da notificação. De acordo com a publicação, os minoritários demonstram preocupação depois dos desencontros em relação às expectativas dos investidores e as declarações do controlador e da própria Smiles.

JBS (JBSS3)

Após dispara 15% no último pregão seguindo a divulgação do resultado do terceiro trimestre, as ações da JBS passam por correção nesta sexta. A companhia reportou um Ebitda (lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização) ajustado de R$ 4,40 bilhões, número que foi elogiado pelos analistas do Itaú BBA.

No noticiário da empresa, a subsidiária da JBS nos Estados Unidos vai pagar US$ 4 milhões em indenizações para encerrar duas ações trabalhistas nos Estados Unidos. A indenização será distribuída entre 12.625 trabalhadores das duas unidades.

A JBS ainda se comprometeu a contratar 1.664 pessoas que alegam terem sido discriminadas. A companhia também garantiu que vai manter um consultor independente para revisar sua política de contratações.

Santander (SANB11)

O Santander nomeou Jorge de Gortari como chefe de operações de mercado para as Américas, substituindo Roberto Campos Neto, que foi indicado para ser presidente do Banco Central no governo de Jair Bolsonaro.

Segundo o banco, Gortari ficará em Nova York e se tornará membro do comitê executivo global do Santander. Anteriormente ele era chefe global de crédito e chefe de cross markets e se juntou ao Santander do Ministério das Finanças do México. Luiz Masagão foi nomeado chefe de mercados do Brasil.

Cesp (CESP6)

A Cesp teve um recuo de 42% em seu prejuízo líquido no terceiro trimestre deste ano, para R$ 102,1 milhões. A receita líquida operacional somou R$ 440,6 milhões no trimestre, enquanto o Ebitda ficou em R$ 25,1 milhões, com margem de 5,7%.

Também no radar de Cesp, o Cade aprovou, sem restrições, a compra da Cesp pela Votorantim Energia. Segundo documento, a operação envolve a aquisição de até 40,56% do total de ações da Cesp pelo consórcio formado pela SF92, controlada pela Votorantim Energia, com a VTRM, JV formada por Votorantim Energia e Canada Pension Plan Investment Board.

Via Varejo (VVAR11)

O conselho de administração da Via Varejo aprovou uma primeira emissão de notas promissórias da companhia no valor de R$ 500 milhões. O objetivo é reforçar o caixa da empresa. As notas terão vencimento em 420 dias e terão juros remuneratórios de 108,4% dos DIs.

Eletrobras (ELET3; ELET6)

De acordo com o jornal o Estado de S. Paulo, o secretário do Tesouro, Mansueto Almeida, afirmou que sem a privatização da Eletrobras abrirá um rombo no Orçamento da União e o governo terá que cortar R$ 12 bilhões. “A privatização da Eletrobras é uma solução ganha-ganha, inclusive porque o governo federal não dispõem de recursos para aplicar no setor”, disse.

Ainda no radar da elétrica, a equipe de Michel Temer recomendou ao presidente eleito, Jair Bolsonaro (PSL), apenas uma privatização: da Eletrobras e suas distribuidoras. Segundo a Folha de S. Paulo, com relação às demais estatais federais, o governo destaca que é preciso “avaliar medidas de reestruturação”, como incorporar empresas dependentes do Tesouro Nacional a outros órgãos públicos.

Vale (VALE3)

A Vale mantém negociações para expandir a maior mina de ferro a céu aberto do mundo na Amazônia para atender ao aumento da demanda chinesa pelo produto de alta qualidade.

Segundo a Bloomberg, a empresa se reuniu recentemente com reguladores para discutir a expansão da mina, projeto conhecido como S11D e no valor de US$ 14 bilhões, que ainda não atingiu a capacidade prevista.

Considerado o maior projeto do setor, o S11D iniciou os embarques em 2017 e produziu cerca de 22 milhões de toneladas em seu primeiro ano.

Gerdau (GGBR4)

A Gerdau iniciou na última quinta-feira (15) uma oferta de recompra à vista de até US$ 900 milhões em bônus no exterior. Segundo a companhia, o objetivo é o gerenciamento de ativos.

Fazem parte da oferta os títulos com juros de 7% e vencimento em 2020, emitidos pela Gerdau Holding, assim como os com juros de 5,75% e vencimento em 2021 e os com juros de 4,75% e vencimento em 2023.

Também aparecem na lista os com juros de 5,893% e vencimento em 2024 e os com juros de 4,875% e com vencimento em 2027. A oferta terminará no dia 13 de dezembro.

Klabin (KLBN4)

A Klabin optou por esperar as melhores condições do mercado para realizar a emissão externa de US$ 500 milhões em bônus de 10 anos. De acordo com o Valor Econômico, a companhia está negociando US$ 1,1 bilhão com bancos para o refinanciamento de passivos.

Cemig (CMIG4)

A Cemig teve um lucro líquido de R$ 95,3 milhões no terceiro trimestre deste ano, contra um prejuízo de R$ 83,6 milhões no mesmo período do ano anterior. A receita da companhia ficou em R$ 6 bilhões, alta de 17,5%.

As vendas totais de energia da estatal mineira subiram 0,99% no trimestre, para 14.184 GWh, enquanto o Ebitda (Lucros antes de juros, impostos, depreciação e amortização, na sigla em inglês) da estatal mineira subiu R$ 100,6 milhões, para R$ 682,3 milhões.

Para os analistas da Brasil Plural, Cemig é o nome estatal mais relevante do estado e deve continuar focada em avançar em seus planos de desinvestimento e alinhar o seu nível de OPEX aos de seus peers privados. 

“Vemos Cemig como um dos cases mais interessantes para acompanhar de perto, considerando as múltiplas oportunidades de criação de valor no horizonte – visto que o novo governo acredita firmemente na descentralização do governo”, escrevem. 

Segundo a equipe de research da XP Investimentos, os resultados vieram negativos, com números abaixo da expectativa e do consenso. Por outro lado, destacam como positivos a redução dos custos gerenciáveis de -3,7% no ano quando comparado à inflação acumulada de 4,53% no trimestre.

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“Acreditamos que o foco dos investidores continuará nas oportunidades de criação de valor na próxima administração do Estado de Minas Gerais, como redução de custos gerenciáveis da distribuidora da Cemig para níveis de empresas privadas e a continuidade do plano de desinvestimento de ativos da empresa”, escrevem.

M. Dias Branco (MDIA3)

A M. Dias Branco teve um lucro líquido de R$ 234,3 milhões entre julho e setembro deste ano. A receita líquida ficou em R$ 1,74 bilhões, enquanto o volume de vendas foi de 6,6%. O Ebitda da fabricante de alimentos somou R$ 283,8 milhões, com margem de 16,3%.

Paraná Banco (PRBC4)
O Paraná Banco registrou um lucro líquido recorrente de R$ 53,5 milhões no terceiro trimestre deste ano, uma queda de 28,6% em relação ao mesmo período do ano anterior.

O banco terminou o trimestre com R$ 5,59 bilhões em ativos totais e com um saldo de caixa de RR 1,55 bilhão.