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Os analistas do UBS BB elevaram a recomendação das ações da Braskem (BRKM5) para “compra” ante “neutra”, bem como o preço-alvo dos papéis de R$ 22 para R$ 28, segundo relatório enviado a clientes no final da terça-feira (17). Com isso, os ativos subiram 4,76%, a R$ 19,79.
Entre os argumentos, Luiz Carvalho e equipe citam “downside” limitado, uma vez que a Braskem está sendo negociada em linha com suas mínimas históricas, e a indústria ainda está passando pelo ciclo de baixa dos spreads petroquímicos.
Além disso, destacaram, os riscos estão enviesados para o lado positivo em relação aos spreads, após o recente declínio do preço do petróleo Brent e expectativas de que permaneça menores por mais tempo.
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A equipe do UBS BB ainda chamou a atenção para potenciais tarifas de importação mais altas, apoiando os preços domésticos.
Os analistas afirmaram reconhecer os riscos relacionados ao momento, mas ressaltaram que, após mais de dois anos em um ciclo de baixa, acreditam que uma retomada no meio do ciclo seria esperada em algum momento, apoiando ainda mais o “upgrade” das ações.
Na véspera, as ações da Braskem fecharam a R$ 18,89 na bolsa paulista, acumulando em 2024 uma queda de cerca de 14%, ainda que uma alta de 4,71% em setembro.
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Visão mais positiva
Analistas têm destacado uma visão mais positiva para a companhia. O JPMorgan ressaltou nesta semana ter colocado as ações da Braskem em “catalyst watch” (evento ou outra notícia que impulsiona o preço de uma ação drasticamente para alguma direção) positivo, ainda que reiterando a recomendação “neutra” para os papéis, com preço-alvo de R$ 24 para o final de 2025.
“Apesar de desafios ainda presentes na dinâmica de mercado, com o ciclo de baixa (de spreads petroquímicos) durando mais do que o previsto, a tendência está melhorando sequencialmente e há gatilhos que podem dar suporte a um desempenho acima da média no segundo semestre do ano”, afirmaram Milene Clifford Carvalho e equipe.
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Os analistas citaram que a empresa e a associação do setor estão discutindo com o governo pedido para aumento de tarifas de importação de 12,6% para 20%, o que pode ser decidido em reunião desta quarta-feira, inclusive. A expectativa do Bradesco BBI, por sinal, é de que a elevação possa contribuir para o lucro antes de juros, impostos, depreciações e amortizações (Ebitda) da Braskem em até US$ 400 milhões, dependendo se a empresa decidir repassar as tarifas para os preços locais ou ganhar participação de mercado.
Os analistas do JPMorgan também preveem forte recuperação sazonal no terceiro trimestre de 2024.
Bradesco BBI e Citi, por sua vez, elevaram a recomendação das ações para compra ou equivalente nas últimas semanas.
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Ainda no radar da empresa, a Novonor (ex-Odebrecht) informou na véspera que, até o presente momento, não houve qualquer evolução material ou vinculante nas discussões que vem mantendo com as eventuais partes interessadas pela sua fatia na Braskem, inclusive os bancos credores.
Segundo reportagem de Lauro Jardim, do jornal O Globo, credores da Novonor estariam avaliando uma nova solução para a venda, com o apoio do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) e do BTG Pactual (BPAC11) como intermediário nas negociações.
(com Reuters)
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