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O Bradesco BBI avalia que o forte aumento nos preços do frete dos contêineres por conta das tensões geopolíticas recentes deve resultar em ventos favoráveis para empresas que operam em mercados com escassez de resinas, como é o caso da Braskem (BRKM5). Isso porque o gargalo logístico afeta as importações dos produtos que vêm da Ásia, que inclui as resinas.
Os analistas do banco destacam que os preços dos contêineres dispararam em junho devido às contínuas tensões no Mar Vermelho envolvendo ataques rebeldes Houthi que permeiam todo o ano. Os preços médios dos contêineres para oito rotas globais diferentes aumentaram cerca de US$ 3.000 para contêineres de 40 pés, em grande parte por causa de um pico nos ataques Houthi no Mar Vermelho nas últimas 4 semanas.
Além disso, os Houthis podem continuar seus ataques marítimos mesmo se um cessar-fogo permanente entre Israel e o Hamas for garantido como uma forma de ganhar influência e concessões internacionais durante as negociações de paz em andamento com a Arábia Saudita.
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Com base nesse cenário, o banco estima que para cada incremento de US$ 1.000 em preços de contêineres, a paridade de importação aumenta em cerca de US$ 40 por tonelada.
Caso esses preços persistam por um ano, o Ebitda (lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização) da Braskem pode aumentar em até US$ 400 milhões, alta anual de 40%. “Embora seja improvável que os preços persistam nesses níveis por um ano inteiro, isso definitivamente contribuiria positivamente para os resultados dessas empresas no 3T24”, comenta BBI. A recomendação atual do BBI para os ADRs (recibo de ações negociados nos EUA) da petroquímica, contudo, é neutra, com preço-alvo de US$ 10 por ativo.