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A sessão foi fortemente positiva para as ações da Braskem (BRKM5), que fecharam com alta de 15,69%, a R$ 26,76, na sessão desta quarta-feira (20).
As ações estenderam os ganhos da véspera quando, em teleconferência com o mercado ontem, executivos da companhia destacaram que, além da Petrobras e da Adnoc, mais uma empresa estaria conduzindo uma auditoria prévia (due diligence), trazendo mais um comprador na disputa. Além disso, há rumores de que a própria Adnoc, de Abu Dhabi, apresentará nesta quarta uma proposta por uma fatia da petroquímica.
O Santander também elevou a recomendação para as ações da empresa, principal companhia petroquímica da América Latina, de neutra para outperform (acima da média do mercado, equivalente à compra). O preço-alvo também foi elevado, de R$ 22,50 para R$ 27, ou um potencial de alta de 17% frente o fechamento da véspera.
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A mudança na análise do banco reflete uma visão otimista baseada em três pilares principais: resultados melhorados em 2024, apesar do ciclo continuamente fraco; redução de notícias negativas relacionadas ao evento geológico em Alagoas; e expectativas de um aquecimento nas discussões de fusões e aquisições, conforme apontam Rodrigo Almeida e Eduardo Muniz, analistas do banco que assinam o relatório.
No primeiro ponto, os analistas defendem que o mercado deve continuar com excesso de oferta em 2024, devido a adições de capacidade, principalmente em polipropileno (PP). “Acreditamos que a demanda será chave para ditar o ritmo de recuperação dos spreads e que o mercado de resinas deverá permanecer relativamente bem abastecido em 2024, mas menos superofertado que em 2023. Isso apoia nossa visão de estabilidade nos spreads no curto prazo e o início de uma recuperação cíclica no final de 2025”, diz o Santander.
No entanto, segundo eles, a Braskem deve ter resultados melhores do que o esperado neste ano. Uma maior utilização da sua planta no México, com a PEMEX oferecendo maior quantidade de etano (com o fim das rusgas da companhia com o governo mexicano), e uma queda do preço desse produto nos Estados Unidos deve dar um impulso para as margens da petroquímica. Fora isso, o avanço do polietileno (PE) verde, que tem prêmios maiores e ganhos de eficiência operacional também são mencionados.
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Quanto a Alagoas, sobre as notícias envolvendo o afundamento do solo de barros em Macéio, a percepção do Santander é que o fluxo de notícias deve diminuir no futuro, com a questão se endereçando. “Vemos um fluxo menor de notícias após a provisão do 4º trimestre de 2023, e também acreditamos que a investigação congressual perdeu ímpeto. Embora a situação permaneça incerta e a Braskem continue trabalhando para resolver o evento geológico, acreditamos que notícias adicionais relacionadas a este tópico possam ser limitadas no curto prazo”, dizem.
Por fim, a visão do Santander também é de que as expectativas quanto a possíveis fusões e aquisições (M&As, na sigla em inglês), estão crescendo. A ADNOC (Empresa Nacional de Petróleo de Abu Dhabi), eles lembram, está próxima de finalizar seu processo de due diligence e poderá, em breve, discutir os detalhes finais para uma oferta vinculante pela fatia da Novonor.
Além disso, o Santander menciona também que a presença de novos concorrentes no processo de due diligence sinaliza um potencial aumento no fluxo de notícias relacionadas a M&A, o que poderia acelerar a oferta da ADNOC. Ontem, por exemplo, foi noticiado que a petroquímica do Kuwait também fez uma diligência na companhia.
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