Brasileira que planeja vender similar do Ozempic tem prejuízo de R$ 17 milhões

Companhia espera aprovação da Anvisa para comercializar semaglutida no Brasil

Ana Paula Ribeiro

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A fabricante de medicamentos brasileira Biomm (BIOM3), que quer começar a distribuir no Brasil o similar do Ozempic, registrou um prejuízo de R$ 17,082 milhões no primeiro trimestre de 2024, pouco abaixo do resultado do mesmo período do ano anterior (prejuízo de R$ 17,932 milhões).

Já a receita líquida da empresa atingiu R$ 38,6 milhões no primeiro trimestre, crescimento de 12,5% na comparação com igual período de 2023. De acordo com a Biomm, esse aumento está diretamente relacionado ao maior volume de vendas no período.

A farmacêutica Biomm comercializa dois tipos de insulina vindos da China e da Índia, um anticoagulante importado da Itália e um medicamento para câncer de mama produzido na Coreia do Sul. Além disso, a companhia espera a aprovação da Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária) para a comercialização de outros quatro, entre eles o similar do Ozempic, que tem a semaglutida como princípio ativo e será produzido na Índia.



O Ebitda (lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização) ficou negativo R$ 14,7 milhões no primeiro trimestre, ante negativo em R$ 12,4 milhões em igual período do ano passado.

A receita líquida totalizou R$ 38,561 milhões, alta de 12%. Essa alta, segunda a empresa, é decorrente o aumento das vendas de maior custo agregado, em especial no segmento de medicamentos para diabetes.

A empresa se prepara ainda para a implementação de uma planta industrial em Nova Lima (MG). No período findo em 31 de março de 2024 foram investidos R$ 944 mil, ante R$ 1,4 milhão no primeiro trimestre do ano passado.