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SÃO PAULO – Em dezembro, a agência de classificação de risco Standard & Poor’s afirmou que o Brasil não é mais um dos “cinco fragéis”, grupo de países vulneráveis a crises de balanço de pagamentos e cunhado pelo banco de investimentos Morgan Stanley em 2013.
Porém, relatório publicado semestralmente pelo Bank of America Merrill Lynch em que apresenta 4.800 indicadores de 68 emergentes e “fronteiriços” (com menor liquidez) como parâmetros apontou que o Brasil segue como um dos “três frágeis” entre os dez maiores emergentes, apesar de reconhecer avanços econômicos do País. Ao lado do Brasil, estão África do Sul e Turquia.
Enquanto isso, China e Rússia seguem como os mais sólidos entre os 10 maiores. No caso da Rússia, ela possui a menor dívida pública, bem como baixa dívida interna e externa no setor privado. Já a China continua a dominar facilmente o ranking em termos de crescimento, com a quarta maior taxa entre 68 mercados.
Taiwan é o menos vulnerável entre os mercados em geral, enquanto a Bulgária e Israel também são fortes. Por outro lado, muitos mercados fronteiriços continuam frágeis com Bahrein, Bielorrússia, Gabão, Moçambique e Omã, nos últimos lugares entre as economias analisadas. Fatores como liquidez externa, inflação e crescimento foram destacados.
A África do Sul ainda ocupa o último lugar entre os 10 principais emergentes devido à estagflação, déficits gêmeos e alta dívida em todos os setores, enquanto a Turquia permanece em penúltimo entre os principais emergentes devido à inflação e a uma relação empréstimo/depósito acima de 100%; indicadores externos de liquidez e dívida também são preocupantes, enquanto o crescimento do PIB e a posição fiscal continuam a ser pontos fortes. Apesar de manter a visão de que o Brasil é um dos três frágeis, o BofA ressalta que o Brasil melhorou sua posição fiscal e reduziu a alavancagem do setor bancário, enquanto seus indicadores de liquidez externa permanecem entre os melhores.