Brasil prevê apoiar produção de 1 mi t de arroz com contratos de opções, diz ministro

Governo busca elevar a safra do produto básico para garantir oferta adequada à população

Reuters

Agricultor segura punhado de arroz
20/07/2022
REUTERS/Alaa al-Marjani
Agricultor segura punhado de arroz 20/07/2022 REUTERS/Alaa al-Marjani

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O governo brasileiro prevê apoiar a produção de 1 milhão de toneladas de arroz por meio de um programa de contratos de opções públicas, enquanto busca elevar a safra do produto básico para garantir oferta adequada à população, afirmou o ministro da Agricultura, Carlos Fávaro, nesta quarta-feira (3).

O detalhamento foi feito após Fávaro ter sinalizado que o governo não mais fará um leilão para comprar arroz importado — um certame foi cancelado anteriormente em meio a suspeitas de irregularidade.

Ele disse que, neste momento, não se faz necessário o leilão, já que os preços no mercado esfriaram, mas sim é importante “o estímulo à produção, como os contratos de opções”.

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Segundo o ministro, a equipe técnica está fazendo as contas do custo da iniciativa, que poderia ficar em torno de R$ 1,7 bilhão.

No programa de opções, contudo, o governo só gasta os recursos se o produtor exercer o direito de vender o produto ao estado.

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“É um recurso que não é jogado fora porque se o produtor precisar exercer a opção e entregar o arroz para o governo e receber, o governo fica com o arroz e tem esse ativo para vender em outro momento. E se o mercado estiver acima da opção, não precisa, não tem o desembolso”, destacou.

Ele observou ainda que a ideia é ampliar a produção em outros estados, já que hoje em dia o Rio Grande do Sul concentra cerca de 70% da safra do produto básico.

“O estímulo será de 1 milhão de toneladas nas mais diversas regiões do Brasil para contratos de opção para arroz”, disse.

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O ministro acrescentou que o governo trabalha para que subvenção ao prêmio do seguro rural aumente para até R$ 3 bilhões ao ano, conforme a Lei de Diretrizes Orçamentárias de 2025 é debatida.