Brasil pode ter duas décadas perdidas se um populista for eleito, alerta economista

Em entrevista ao vivo para a InfoMoney TV, Juan Jensen, sócio da 4E, destacou que atividade econômica pode estagnar até 2022 com desfecho "populista" para as eleições, ou acelerar se um reformista for eleito

Lara Rizério

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SÃO PAULO – O último relatório Focus, que traz projeções de economistas sobre os principais indicadores de atividade, apontou para um crescimento do PIB de 2,83% para o Brasil em 2018. Porém, o sócio da consultoria 4E, Juan Jensen, está bem mais cauteloso sobre o cenário econômico para o ano, também de olho no cenário eleitoral. 

Conforme Jensen apontou em entrevista ao vivo para o InfoMoney + UM BRASIL nesta segunda-feira, a expectativa é de um crescimento da atividade econômica em 2018 a um ritmo bem mais modesto, de 1,9%.  Contudo, isso não quer dizer necessariamente pessimismo com a economia. De acordo com o economista, caso um presidente reformista seja eleito no pleito deste ano, a atividade pode apontar para um crescimento médio anual entre 3,5% e 3,7% entre 2019 a 2022. 

Contudo, caso um populista seja eleito, sem realizar os ajustes tão necessários e retrocedendo no que foi feito, há um risco do PIB ficar novamente estagnado até 2022. “Com o governo populista, o PIB per capita vai cair e não vai demorar a ter mais uma década perdida. Com isso, o Brasil pode ter até duas décadas perdidas – e esse é o risco que corremos em 2018 com as eleições”, aponta ele.

Jensen também ressalta que, além do discurso dos candidatos sobre fazer reformas, é preciso que haja capacidade de articulação política para tanto. Por isso, o fato do economista liberal Paulo Guedes balizar a candidatura de Jair Bolsonaro não quer dizer que o mercado está “tranquilo” sobre uma possível eleição do deputado à presidência. Confira a entrevista na íntegra acima.  

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Lara Rizério

Editora de mercados do InfoMoney, cobre temas que vão desde o mercado de ações ao ambiente econômico nacional e internacional, além de ficar bem de olho nos desdobramentos políticos e em seus efeitos para os investidores.