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A administração da Brasil Pharma (BPHA3) e seu acionista controlador, Stigma II LLC, aprovaram o ajuizamento de requerimento de falência da companhia e convocação de assembleia geral extraordinária sobre o tema, em data a definir.
A empresa, que detém a rede de farmácias Farmais, entre outros ativos, estava em recuperação judicial desde janeiro de 2018, conforme pedido ajuizado na 2ª Vara de Falências e Recuperações Judiciais de São Paulo, tendo sido homologado o plano em novembro daquele ano. Um dos pontos do plano de recuperação era a venda da Farmais, que foi suspensa.
Como explica a administração da empresa em fato relevante, o plano de recuperação ficou prejudicado por pontos como o baixo valor arrecadado nos leilões de mercadoria e ativos conduzidos; a rápida deterioração do valor de mercado dos pontos comerciais, avaliados em cerca de R$ 55 milhões “em função de inúmeras ações judiciais para retomada dos imóveis e não amparadas pelo benefício da recuperação judicial”; e a suspensão do leilão da rede Farmais, “tendo em vista a suspensão dos efeitos da decisão homologatória do Plano de Recuperação Judicial, que impediu a alienação do ativo mais relevante da Companhia, avaliado no Plano de Recuperação Judicial em R$ 150 milhões”.
Além disso, a companhia se diz impossibilitada inclusive de manter o pagamento de honorários advocatícios e de acessar seus sistemas de informática e de controle contábil, “o que lhe impossibilita gerenciar suas operações e realizar o pagamento integral da folha salarial de seus colaboradores”, também de acordo com o exposto no fato relevante.
A BR Pharma, que já foi controlada pelo BTG Pactual, chegou a ser a terceira maior empresa do varejo farmacêutico nacional, com as redes Farmais, Sant’Ana e a distribuidora Big Ben.