Brasil pede “máxima contenção” no Oriente Médio; Milei apoia Israel “contra o terror”

Líderes latinos pedem fim do conflito, enquanto presidente argentino diz que Israel tem direito de se defender, “em particular contra regimes que promovem o terror"

Paulo Barros

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O governo brasileiro, por meio do Ministério das Relações Exteriores, expressou “grave preocupação” com os ataques de drones e mísseis lançados pelo Irã contra Israel no sábado (13) e pediu que cidadãos evitem visitas não essenciais à região.

“Desde o início do conflito em curso na Faixa de Gaza, o Governo brasileiro vem alertando sobre o potencial destrutivo do alastramento das hostilidades à Cisjordânia e para outros países, como Líbano, Síria, Iêmen e, agora, o Irã”, disse o MRE, em nota.

“O Brasil apela a todas as partes envolvidas que exerçam máxima contenção e conclama a comunidade internacional a mobilizar esforços no sentido de evitar uma escalada”.

Devido à escalada da crise no Oriente Médio, o Itamaraty orienta que sejam evitadas viagens para Israel, Palestina, Líbano, Síria, Jordânia, Iraque e Irã. Quem já se encontra em algum desses países deve seguir orientações dos sites das embaixadas. O governo diz que “vem monitorando a situação dos brasileiros na região, em particular em Israel, Palestina e Líbano desde outubro passado”.

Vizinhos pedem fim do conflito; para Milei, Israel tem direito de se defender

O presidente de direita da Argentina, Javier Milei, ofereceu o seu apoio “enfático” ao direito de Israel de defender a sua soberania, “em particular contra regimes que promovem o terror e procuram destruir a civilização ocidental”.

No México, o presidente Andrés Manuel López Obrador expressou receio de que o conflito possa se ampliar. “A guerra é irracional, [um] sinônimo de sofrimento e morte; não beneficia ninguém, nem mesmo magnatas e governadores belicistas. Vamos apoiar a paz e a fraternidade universal”, afirmou via X (antigo Twitter).

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O Ministério das Relações Exteriores do Chile expressou “profunda preocupação” com os ataques e com a “grave escalada de tensões” na região.

Aliada do Irã, a Venezuela atribuiu “o [agravamento] da situação de instabilidade” na região ao “genocídio na Palestina e à irracionalidade do regime israelita, bem como à inação das Nações Unidas”.

Outro crítico das ações de Israel em Gaza, o presidente colombiano Gustavo Petro afirmou, via X, que “as crianças israelenses só dormirão em paz quando as crianças palestinas dormirem em paz”.

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Já o líder boliviano Luis Arce disse ter preocupações com uma possível escalada para uma “terceira guerra mundial”. “A guerra é a pior forma de resolver conflitos internacionais… não há vencedores na guerra, todos perdem, e a escalada da violência em todo o mundo coloca a humanidade em risco de desaparecer”, disse em publicação nas redes sociais.

(Com informações de Agência Brasil e The Guardian)

Paulo Barros

Jornalista pela Universidade da Amazônia, com especialização em Comunicação Digital pela ECA-USP. Tem trabalhos publicados em veículos brasileiros, como CNN Brasil, e internacionais, como CoinDesk. No InfoMoney, é editor com foco em investimentos e criptomoedas