Brasil e Holanda: final prevista pelo Goldman vira uma insossa disputa de 3º lugar

Banco havia mudado a sua previsão de final entre Brasil e Argentina justamente para Brasil e Holanda: porém, não contava com tropeço homérico da seleção canarinho

Lara Rizério

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SÃO PAULO – O futebol sempre surpreende, e não foi diferente na Copa do Mundo de 2014. A maior parte esperava que o Brasil se consagraria campeão em casa, inclusive casas de análise e importantes bancos de investimentos, que utilizaram métodos complexos para qualificar as suas previsões.

Se muitas vezes esses modelos foram postos em dúvida, por outro lado, poucos esperavam a “lavada” que os alemães implicariam aos brasileiros, com uma goleada histórica por 7 a 1. Antes do jogo, o estatístico Nate Silver também fez sua análise para a Copa do Mundo, destacando que mesmo sem Neymar e Thiago Silva, o Brasil teria uma chance entre 65% a 68% de vencer a Alemanha. Como já sabemos, não foi o que aconteceu. 

Mas, em destaque, ficaram as previsões do Goldman Sachs. A princípio, no final de maio, os economistas da instituição apostavam que o Brasil ganharia a Copa com uma probabilidade de 48,5% após vencer a Argentina por 3 a 1 na final. 

Porém, após ter sido surpreendido pela saída “antecipada” da Espanha, o Goldman Sachs resolveu mexer em sua projeção, apontando o Brasil ainda como favorito – com uma chance um pouco menor, de 46,4%. A mudança foi a saída justamente da Argentina, que vai disputar a final no domingo contra a Alemanha, para a entrada da Holanda, que perdeu para os “hermanos” nos pênaltis na partida de ontem, por 4 a 2, após um empate sem gols no tempo regular e na prorrogação. 

Para o Goldman, a Holanda teria 18,3% de chance de vitória, ante uma primeira rodada de previsões de 5,6% do país. Porém, a previsão de final virou uma disputa de terceiro lugar. 

E quais seriam as chances de Alemanha e Argentina? Elas, apesar de serem consideradas quase como “zebras” pelo banco, já que a probabilidade do Brasil ganhar era tida como bem maior, também estavam entre os primeiros lugares para disputar o título. De acordo com a última previsão do banco, Argentina teria 17,2% de chances de ganhar o tri, enquanto a Alemanha, 12,1%. 

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Para os brasileiros e holandeses, resta a disputa pouco animadora do terceiro lugar, no próximo sábado, em Brasília. Enquanto o técnico holandês Louis Van Gaal afirmou em coletiva que o terceiro lugar “nunca deveria ser jogado”, a seleção canarinho tentará se recuperar do baque levado na última terça-feira. Porém, mesmo se ganhar, a seleção brasileira não deve empolgar. 

Lara Rizério

Editora de mercados do InfoMoney, cobre temas que vão desde o mercado de ações ao ambiente econômico nacional e internacional, além de ficar bem de olho nos desdobramentos políticos e em seus efeitos para os investidores.