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SÃO PAULO – Além de Fomc, Copom e a expectativa pela discussão no STF sobre a decisão em segunda instância, o noticiário corporativo é movimentado na reta final da temporada de balanços, com atenção para a Bradespar, enquanto a Boeing finaliza proposta pela Embraer, entre outros destaques. Confira no que se atentar nesta quarta-feira (21):
Embraer (EMBR3)
Segundo o Valor Econômico, a Boeing e Embraer trabalham para apresentar nesta semana ou na próxima a modelagem da aquisição dos negócios de aviação comercial da fabricante brasileira de aeronaves pela gigante americana. Segundo fonte próxima às negociações ouvidas pelo jornal, as conversas entre as duas companhias ganharam tração nas últimas semanas, aumentando as chances de que a transação se concretize, embora ainda faltem muitas etapas.
Segundo o jornal, pelo que está na mesa, haveria a criação de uma nova empresa de aviação comercial, de caráter operacional, controlada pela Boeing. Está em discussão ainda qual a fatia acionária da americana, num intervalo de 80% a 90%. A Embraer ficaria, portanto, com 10% a 20% da nova empresa. Assim, foi afastada a ideia de se criar uma holding acima da companhia operacional.
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Petrobras (PETR4)
A produção média de petróleo da Petrobras no Brasil em fevereiro caiu 1% ante o mês anterior, na segunda queda mensal consecutiva, para 2,08 milhões de barris por dia.
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A queda, segundo a petroleira, foi impulsionada por ocorrências operacionais nas plataformas P-18 e P-20, que operam no campo de Marlim, na Bacia de Campos, e no FPSO Cidade de Angra dos Reis, localizado no campo de Lula, no pré-sal da Bacia de Santos.
Já a produção de gás natural em fevereiro, excluído o volume liquefeito, foi de 80,5 milhões de metros cúbicos por dia (m³/d), alta de 2,3% ante o mês anterior, em função do aumento da produção em campos do Amazonas devido ao término da manutenção no sistema de compressão. No exterior, a produção de petróleo foi de 61 mil bpd, em linha com o mês anterior, enquanto a produção de gás natural foi de 6,4 milhões de m³/d.
A companhia também anunciou elevação doi preço da gasolina nas refinarias de R$ 1,5960 o litro para R$ 1,6253 o litro, do diesel de R$ 1,7751 o litro para R$ 1,8181 o litro, segundo informações no website da empresa. Os preços antes de impostos são válidos a partir de 22 de março.
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Vale (VALE3)
A Vale informou o encerramento e resultados finais da oferta de aquisição dos títulos em circulação com cupom de 5,875% e vencimento em 2021 emitidos por sua subsidiária integral Vale Overseas Limited (Vale Overseas) e garantidos pela Vale, nos termos do memorando de oferta de aquisição, datado de 14 de março de 2018.
Um total de US$ 968,35 milhões de bonds 2021 foram ofertados até o dia 20 de março. Adicionalmente, US$ 2,54 milhões em valor agregado do principal dos
bonds 2021 foram ofertados por meio do procedimento de entrega garantida até dia 22 de março.
Duratex (DTEX3)
Segundo o jornal Valor Econômico, a Duratex pode ter de buscar um novo comprador para 20 mil hectares de terras e florestas negociados em fevereiro com a Suzano Papel e Celulose. A data limite para a Suzano exercer a opção de compra, de quase R$ 750 milhões, é 2 de julho. Porém, depois do anúncio de fusão com a Fibria, a aquisição de florestas adicionais parece ter se tornado desnecessária e dispendiosa. Procuradas, Duratex e Suzano não comentaram o assunto.
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Bradespar (BRAP4)
A Bradespar registrou lucro de R$ 1,335 bilhão no quarto trimestre de 2017, cifra 25 vezes maior que os R$ 53,126 milhões do mesmo intervalo de 2016. A empresa de investimentos em Vale e CPFL Energia encerrou o ano com lucro líquido de R$ 2,33 bilhões, 270,0% maior que no ano anterior, seu melhor resultado da história, segundo mensagem da administração.
O resultado foi impactado pela venda de 53.464.240 ações da CPFL Energia no valor bruto de R$ 1,48 bilhão. “Ainda assim, descontando esse efeito extraordinário, o resultado antes de IR/CS apresentou crescimento de 69,8% em relação ao ano anterior, reflexo do excelente resultado apresentado pela Vale”, diz o informe. O retorno sobre o patrimônio líquido médio (ROAE) alcançou 43,8%.
O resultado da equivalência patrimonial ficou em R$ 183,701 milhões, alta de 105,7% sobre o quarto trimestre de 2016. No exercício de 2017, o crescimento foi de 69,1%, R$ 1,324 bilhão.
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A receita operacional, também influenciada por esse fator, saltou 239,0% para R$ 2,73 bilhões em 2017. No período de outubro a dezembro atingiu R$ 1,590 bilhão, bem acima dos R$ 100,947 milhões no quarto trimestre de 2016. O resultado financeiro do ano foi negativo, de R$ 99,2 milhões, principalmente devido aos juros das debêntures da Bradespar, como explica o demonstrativo financeiro.
Além dos juros sobre capital já anunciados, de R$ 322,0 milhões, a serem pagos em 29 de março – R$ 0,738491649 por ON e R$ 0,812340815/PN líquidos, o conselho de administração submeteu ontem (20) para deliberação em Assembleia Geral Ordinária proposta para remuneração adicional de R$ 433,0 milhões em dividendos, a serem pagos até o final de maio de 2018. Assim, os proventos a serem pagos em 2018, com base no exercício social de 2017, de R$ 755,0 milhões, perfazem “o maior volume anual já pago pela Bradespar”, ressalta o documento.
Movida (MOVI3)
A Movida teve no quarto trimestre de 2017 um lucro líquido de R$ 19,9 milhões, um salto de 1700% ante ganho de R$ 1,1 milhão um ano antes. Na mesma base de comparação, a receita líquida subiu 22,9% e atingiu R$ 586,7 milhões.
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Nos últimos três meses de 2017, a receita líquida de serviços — apurada com aluguel de carros e gestão de frotas — subiu 27,1%, para R$ 274,4 milhões.
LPS Brasil (LPSB3)
A LPS Brasil teve um prejuízo líquido atribuído aos acionistas de R$ 63,36 milhões em 2017, alta de 69% na comparação com o prejuízo de R$ 37,48 milhões de 2016. Já a receita líquida teve queda de 25%, passando de R$ 148,7 milhões para R$ 111 milhões.
Tegma (TGMA3)
A Tegma informou que o lucro líquido em 2017 foi de R$ 103,8 milhões e de R$ 59,0 milhões no quarto trimestre de 2017, superior ao de 2016, impactado positivamente pelo crescimento da receita, pelo controle de custos e despesas e por eventos não recorrentes positivos que somaram R$ 40,8 milhões no ano e R$ 31,0 milhões no quarto trimestre.
Já o Ebitda ajustado em 2017 foi de R$ 134,8 milhões [e de R$ 44,7 milhões no quarto trimestre], superiores ao do ano anterior, influenciado pelos melhores resultados operacionais de ambas divisões.
Segundo o BTG Pactual, o resultado veio melhor que esperado, com a receita líquida em R$ 319,5 milhões (16.5% acima do esperado pelo BTG e com Ebitda ajustado 23,5% acima do esperado pelo banco, implicando em uma margem Ebitda de 14%. “Vale destacar que este foi o melhor trimestre de margem Ebitda para o segmento de auto desde 2014. Anunciaram também o pagamento de dividendos de R$ 38,9 milhões relacionado ao resultado de 2017”, avaliam os analistas, que mantêm recomendação de compra.
Estácio (ESTC3)
O conselho de administração da Estácio elegeu o economista Gustavo Ciocca Zeno para diretor financeiro e de relações com investidores no lugar de Leonardo de Andrade. Zeno “possui 20 anos de experiência e trabalhou em diversas empresas como Mills, GRU Airport, Invepar, Banco Santander e Accenture”, afirmou a companhia em comunicado ao mercado.
Segundo o BTG, depois da entrada da Advent, alguns ajustes na gestão eram mais do que esperados e o mercado deve receber bem a notícia – movimento claro que a Advent está tomando as rédeas.
Wiz (WIZS3)
A Wiz iniciou negociações com Caixa Seguridade, CNP e Caixa Seguros Holding com o objetivo de estabelecer as condições de atuação da companhia no balcão da Caixa Econômica Federal, no contexto das novas sociedades a serem futuramente estabelecidas entre a Caixa Seguridade e parceiros de seguridade selecionados (incluindo, sem limitação, a própria CNP, caso as negociações em curso entre a Caixa Seguridade e a CNP venham a ser concluídas).
A empresa ainda informou que não celebrou qualquer instrumento vinculante ou não vinculante com as partes, sendo certo que todas as condições de um eventual novo acordo serão a partir de agora discutidas pela administração da companhia e negociadas entre as partes.
O BTG aponta que essa é a primeira vez que, de forma oficial, a Wiz é chamada para a mesa de negociação para discutir o seu objetivo no âmbito da nova parceria. Vale lembrar que existe um processo na CVM, com a investigação o papel da Caixa como controlador da Wiz, de tal maneira que as possíveis negociações sejam justas com os acionistas minoritários da companhia, e o fato relevante e essa investigação podem estar correlacionados. De acordo com os analistas do banco, a notícia é positiva para o papel.
Burger King (BKBR3)
A Burger King Brasil afirmou em fato relevante na última terça-feira (20) que fechou acordo com a rede de restaurantes Popeyes Louisiana Kitchen e será a master franqueadora no país. O valor da transação não foi informado.
Com o contrato, a companhia passa a ter o direito exclusivo de desenvolver e operar restaurantes da marca no Brasil, por meio de operação própria ou franqueados, durante um período de 20 anos. Os documentos estabelecem metas anuais e prevê a abertura de mais de 300 restaurantes no período inicial de dez anos.
O BTG ressalta que o acordo, embora esperado pelo mercado, veio mais cedo que o previsto, e ajuda a diversificar as receitas da empresa, altamente expostas à competição no segmento de hambúrguers. “No entanto, ressaltamos os riscos de operar uma nova marca no Brasil e atingir os mesmos níveis de rentabilidade e ROIC da operação do Burger King no país, além da competição com o próprio Burger King, sobretudo em shoppings”, apontam os analistas do banco.
Companhias aéreas
A Câmara dos Deputados aprovou o pedido de urgência para retirar o limite de capital estrangeiro nas companhias aéreas. Em regime de urgência, o projeto pode ser incluído na ordem do dia da próxima sessão, ficando dispensado de tramitação em comissões e com emendas discutidas em plenário.
O Projeto de Lei 2724/2015 também transforma a Embratur (Instituto Brasileiro de Turismo) em Agência Brasileira de Promoção do Turismo, mas mantém a nomenclatura, se transformando em uma empresa de serviço social autônomo.
Cosan (CSAN3)
A subsidiária Cosan Lubrificantes e Especialidades firmou um contrato com a ExxonMobil de produção, importação, distribuição e comercialização exclusiva de lubrificantes e especialidades da marca Mobil no Brasil, Bolívia, Paraguai e Uruguai, pelo prazo de 20 anos, disse a Cosan em comunicado ao mercado.
JBS (JBSS3)
A JBS teve a cobertura reiniciada como ’neutra’ pelo Bradesco BBI, com preço-alvo de R$ 11.
CPFL Energia (CPFE3)
O Conselho da CPFL decidiu recomendar voto favorável para requerer à Aneel o agrupamento das concessões das distribuidoras RGE Sul e RGE em único contrato de concessão, sendo a RGE Sul a incorporadora e a RGE a incorporada, disse a empresa em fato relevante.
“Efetivação do agrupamento das concessões dependerá de autorização da Aneel, bem como de deliberação e aprovação pelos órgãos competentes da RGE Sul e da RGE”, explicou a companhia.
Eneva
A Eneva e Uniper submeteram à análise do Cade ato nos setores de geração e comércio atacadista de energia elétrica. O ato foi protocolado junto ao Cade foi publicado no Diário Oficial; documento está com acesso restrito no website do conselho regulador até o momento.