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SÃO PAULO – A temporada de resultados do primeiro trimestre de 2014 começa a esquentar, com diversas empresas divulgando seus números entre a noite da última quarta-feira e durante a manhã desta quinta-feira (24).
Em destaque, está o Bradesco (BBDC4), segundo maior banco privado brasileiro, que anunciou um lucro líquido ajustado de R$ 3,47 bilhões no primeiro trimestre, o que representa um crescimento de 18% sobre o mesmo período de 2013.
O resultado ficou levemente acima do esperado pelo analistas do BB Investimentos, que apontavam para um lucro de R$ 3,37 bilhões. Segundo eles, o Bradesco deve ser o único banco privado a mostrar alta em seu lucro na comparação trimestral.
Já o patrimônio líquido da instituição totalizou R$ 73,326 bilhões no final do trimestre, 5,6% maior na comparação com o mesmo período do ano anterior. O valor de mercado do banco era de R$ 135,938 bilhões em março, destacou.
Enquanto isso, as operações de crédito com pessoas físicas somaram R$ 132,652 bilhões, uma alta de 11,5%, enquanto as operações com pessoas jurídicas atingiram R$ 299,645 bilhões, alta de 9,9% frente ao mesmo período do ano passado.
O índice que mede a inadimplência dos clientes superior a 90 dias teve queda de 0,6 ponto percentual nos últimos 12 meses, e fechou março em 3,4%, destacou o banco.
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Usiminas reverte prejuízo e lucra R$ 222 milhões
A Usiminas (USIM5) anunciou os resultados do primeiro trimestre de 2014, registrando um lucro líquido de R$ 222 milhões, 372% superior ao do quarto trimestre de 2013 e revertendo o prejuízo líquido de R$ 123 milhões registrados entre janeiro e março do ano passado.
Já a receita líquida do primeiro trimestre totalizou R$ 3,1 bilhões, praticamente estável em relação ao quarto trimestre e ao primeiro trimestre de 2013, em função do menor volume de vendas totais compensado pelos maiores preços médios de aço e de minério de ferro.
O Ebitda ( lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização) somou R$ 648 milhões de reais, mais que o dobro do obtido no mesmo período do ano passado. A margem passou de 9% para 21%.
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Nos três primeiros meses de 2013, as despesas com vendas ficaram estáveis em relação às do quarto trimestre. As despesas gerais e administrativas foram 10,5% inferiores, em função da diminuição das despesas com pessoal e serviços de terceiros, apontou a companhia.
Já as despesas e receitas operacionais apresentaram uma receita de R$ 28,5 milhões no trimestre contra uma despesa de R$ 42,3 milhões no quarto trimestre de 2013, principalmente devido à receita de venda de energia elétrica de R$ 75,0 milhões e às provisões para contingências de apenas R$ 8,2 milhões contra R$ 40,7 milhões nos últimos três meses do ano passado.
Fibria lucra R$ 19 milhões
A Fibria (FIBR3) registrou um lucro líquido de R$ 19 milhões no primeiro trimestre, uma queda de 20,8% frente ao mesmo período do ano anterior. No quarto trimestre, a companhia havia registrado um prejuízo líquido de R$ 185 milhões.
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Enquanto isso, a receita líquida da companhia registrou alta de 13% na base de comparação anual, passando de R$ 1,44 bilhão para R$ 1,64 bilhão. O Ebitda ajustado subiu 20% na comparação anual, para R$ 679 milhões, enquanto a margem Ebitda teve alta de 2 pontos percentuais, para 41%.
Destaque ainda para a relação dívida líquida e o Ebitda em dólar em 2,4 vezes, com queda frente o final do quarto trimestre, de 2,6 vezes e frente o primeiro trimestre de 2013, quando encerrou o período com um múltiplo de 3,1 vezes, e dentro da meta prevista na política de endividamento e liquidez.
Lucro líquido da Klabin triplica
A fabricante de papel Klabin (KLBN4) divulgou que o lucro líquido do primeiro trimestre triplicou ante igual período do ano passado, a R$ 607 milhões.
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O Ebitda ajustado subiu 11% na comparação anual, a R$ 424 milhões.
Analistas esperavam, em média, lucro líquido trimestral de R$ 230,25 milhões e Ebitda de R$ 410,5 milhões.
Natura: lucro cai 6%
O lucro da Natura (NATU3) caiu 6%, afetado por despesas com depreciação e amortização e financeiras, além do impacto de impostos, afirmou a empresa de cosméticos nesta quarta-feira.
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Entre janeiro e março, a companhia registrou lucro líquido de R$ 117,2 milhões, abaixo da expectativa média de analistas de R$ 136,8 milhões. Já o resultado operacional medido pelo lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização (Ebitda) chegou a R$ 283,6 milhões, alta de 8,2% na comparação anual, mas também abaixo da previsão de analistas de R$ 297 milhões. A margem Ebitda recuou 1,2 ponto percentual, a 18,2% no trimestre.
Segundo a companhia, houve continuidade da tendência observada na segunda metade do ano passado, com aumento trimestral de 8,2% na produtividade das consultoras brasileiras frente ao ano anterior, e avanço de 9,1% na receita líquida doméstica.
A receita líquida internacional seguiu em crescimento acelerado, com alta de 53% no trimestre, a R$ 285,7 milhões. Já a receita líquida consolidada mostrou avanço de 15,2% no trimestre, a R$ 1,56 bilhão. O avanço das vendas no trimestre foi, no entanto, ofuscado pelo aumento de 34,3% das despesas com depreciação e amortização, atribuído pela Natura aos investimentos em logística, capacidade produtiva e tecnologia da informação realizados nos últimos anos.
Weg tem lucro 13,7% menor no primeiro trimestre
O lucro líquido da Weg (WEGE3) no primeiro trimestre de 2014 foi de R$ 204,9 milhões, com margem de 11,5% e crescimento de 18,9% na comparação com o primeiro trimestre de 2013 e queda de 13,7% em relação ao quarto trimestre do ano passado. A receita líquida de vendas, por sua vez, subiu 20,7% no período, para R$ 1,78 bilhão.
Cremer: lucro líquido cai 47,6%
Outra companhia que divulgou seus resultados foi a Cremer (CREM3), que registrou uma queda de 47,6% em seu lucro na comparação anual, fechando o primeiro trimestre de 2014 com R$ 5,35 milhões, ante R$ 10,21 milhões do mesmo período do ano passado. Já na comparação com os três últimos meses de 2013, a alta foi de 109,6%.
Enquanto isso, a receita líquida fechou o período em R$ 179,42 milhões, uma leve alta de 3,8% ante os R$ 172,91 milhões registrados um ano antes. Já o Ebitda ficou em R$ 19,88 milhões, queda de 15,7% contra os R$ 23,58 do primeiro trimestre de 2013.
(Com Reuters)