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SÃO PAULO – O noticiário corporativo é bastante movimentado, com destaque para os números de Bradesco e Magazine Luiza do terceiro trimestre de 2017, considerados positivos, além de diversas recomendações de ações, enquanto a Cemig teve o rating rebaixado pela Moody’s. Confira os destaques:
Bradesco (BBDC4)
O lucro líquido contábil do Bradesco teve queda de 10,9% no terceiro trimestre de 2017 na base de comparação anual, para R$ 2,884 bilhões. Em termos ajustados, o lucro teve alta de 7,8%, totalizando R$ 4,81 bilhões. A instituição financeira informou ainda que o PDV (Programa de Demissão Voluntária) que ocorreu entre julho e agosto teve adesão de 7,4 mil funcionários, com um custo de R$ 2,3 bilhões e efeito anual estimado nas despesas de pessoal de redução de R$ 1,5 bilhão. O programa foi um dos motivos para a queda do lucro líquido contábil do banco (com impacto de R$ 1,262 bilhão negativo). As despesas com PDD ( provisões para devedores duvidosos) tiveram queda de 33,4%, para R$ 3,822 bilhões. Já a inadimplência ficou em 4,8%, leve queda ante os 4,9% do segundo trimestre e baixa de 0,6 ponto percentual na comparação com os 5,4% no terceiro trimestre de 2016. O ROE (retorno sobre o patrimônio líquido médio) foi de 18,1% no trimestre, ante 18,2% no segundo trimestre e 17,6% no mesmo período do ano anterior. Segundo o Itaú BBA, os números apresentados pelo banco foram positivos, com destaque para a melhora da qualidade dos ativos e taxa de serviços, enquanto o ponto negativo foi a margem financeira, que teve queda de 13,7% entre julho e setembro, ante um ano antes, para R$ 14,604 bilhões. Reforçando a visão positiva, os analistas do Credit Suisse destacaram gostar da qualidade do resultado. Magazine Luiza (MGLU3)
O Magazine Luiza reportou um lucro líquido de R$ 92,5 milhões no terceiro trimestre deste ano, seu melhor resultado na história. O valor representa uma alta de 273% ante os R$ 24,8 milhões de um ano antes. Nesta mesma comparação, a receita líquida da companhia avançou 26,5%, para R$ 2,86 bilhões. Entre julho e setembro, o Ebitda (lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização, na sigla em inglês) saltou 38,8%, para R$ 250,4 milhões. Segundo a empresa, o elevado crescimento das vendas, a contribuição positiva do e-commerce e a diluição das despesas contribuíram para o alcance da maior margem Ebitda desde o IPO, em 8,8%. Além disso, as despesas financeiras foram diluídas em 2,3 pontos percentuais, para 2,9% da receita líquida, resultado da redução significativa da dívida líquida e da queda do CDI. As vendas do e-commerce cresceram 54,6% no terceiro trimestre, atingindo 30% nas vendas totais da companhia. O fluxo de caixa das operações alcançou R$ 974 milhões nos últimos 12 meses, em função da melhoria dos resultados e da gestão do capital de giro. No terceiro trimestre, o “Magalu” (como a empresa quer ser chamada) melhorou o giro dos estoques em 9 dias (para 70 dias) e o prazo médio de compras em 4 dias (para 91 dias). Os números foram bem recebidos pelos analistas de mercado, com o BTG Pactual e o BofA tendo visão positiva sobre o papel. O BofA apontou que a companhia deve registrar um bom momentum com a Black Friday e os feriados. “Continuamos a perceber que ela está excepcionalmente bem posicionada até o fim do ano. Os concorrentes das lojas parecem estar cedendo participação no Nordeste e prevemos que a demanda seja sustentada pela recuperação de confiança, melhoria dos salariais reais, menores taxas de juros, ciclos de novos produtos”, entre outros fatores, avaliam Robert Aguilar e Melissa Byun. Veja mais clicando aqui. IRB Brasil (IRBR3)
A IRB registrou um avanço de 236% no lucro líquido de R$ 222 milhões no terceiro trimestre de 2017 (26% de ROE), enquanto os prêmios registraram alta de 34%. O BTG Pactual destacou que a companhia teve um bom controle de despesas operacionais e que o bom momentum para a companhia deve persistir. Já para o Itaú BBA, o crescimento dos prêmios foi o destaque dos resultados, 34% acima do mesmo valor no último ano em razão do aumento das negociações no exterior. Energias do Brasil (ENBR3)
A EDP Energias do Brasil teve lucro líquido de R$ 140,0 milhões no terceiro trimestre de 2017, 39,3% menor na comparação com o lucro líquido de R$ 230,7 milhões do mesmo período de 2016. Já a receita líquida da EDP no terceiro trimestre de 2017 alcançou R$ 3,328 bilhões, em alta de 39,7% sobre os R$ 2,382 bilhões do terceiro trimestre de 2016. O Ebitda caiu 12,0% no terceiro trimestre deste ano, para R$ 551,5 milhões. A despesa financeira da EDP caiu 1,9%, para R$ 128,3 milhões no terceiro trimestre deste ano. Recomendações
O radar de recomendações também é movimentado: a Arezzo (ARZZ3) foi rebaixada para market perform pelo Itaú BBA e pelo Credit Suisse, a Transmissão Paulista (TRPL4) foi rebaixada para market perform pelo BB Investimentos, enquanto a CSN (CSNA3) foi elevada para market perform pelo Itaú BBA. Já a Lojas Americanas (LAME4) foi rebaixada para neutra pelo JPMorgan, enquanto a B2W (BTOW3) foi elevada para overweight. A Metal Leve (LEVE3) foi elevada a ’outperform’ pelo Safra, com preço-alvo de R$ 25. Já a Energisa (EGIE3) foi iniciada com recomendação overweight pelo JPMorgan. Sobre a CSN, o Itaú BBA apontou que o risco de alavancagem está diminuindo gradualmente, mas resultados do aço ainda mantém cautela, enquanto a companhia deverá se beneficiar de uma recuperação do PIB brasileiro, com impacto positivo nas vendas de aço inoxidável, aços longos e cimento. Bradespar (BRAP4)
A Bradespar informou na noite de terça-feira (31) que a administração da empresa deliberou não pagar a primeira parcela da remuneração ao acionista como está no estatuto da companhia. De acordo com o comunicado, isso ocorreu por não terem sido atendidos requisitos previstos no item 2.1 da “Política Indicativa de Remuneração Anual ao Acionista”. A companhia disse que continuará avaliando, até o último dia útil do mês de março de 2018, considerando o resultado do último trimestre e a evolução do fluxo de caixa livre, para definir sobre o pagamento de dividendos e/ou juros sobre o capital próprio. Natura (NATU3)
A Natura convocou assembleia geral extraordinária dia 30 de novembro para aprovar a nova estrutura de governança corporativa após a conclusão da compra da The Body Shop. Conforme apresentado em setembro, o novo “Grupo Natura” terá Roberto Marques como presidente-executivo do Conselho de Administração e um novo membro do conselho, Peter Saunders, que já foi CEO da The Body Shop. Marques, atual membro do conselho da Natura, foi presidente da Mondelez Internacional para a América do Norte. Os três fundadores da Natura, Luiz Seabra, Guilherme Leal e Pedro Passos permanecerão como co-presidentes do Conselho de Administração. O Grupo Natura é formado por três marcas: Natura, a marca australiana Aesop e The Body Shop. Cada uma das três marcas terá seu próprio diretor-presidente e Comitê Executivo e os três CEOs vão se reportar a Roberto Marques. João Paulo Ferreira permanecerá como presidente da Natura. Michael O’Keeffe também segue como presidente da Aesop. E o presidente escolhido para The Body Shop é David Boynton, antes diretor presidente da britânica Charles Tyrwhitt, de moda masculina, e que também passou pela francesa L’Occitane. Oi (OIBR4)
A advogada-geral da União, Grace Mendonça, vai ouvir nesta quarta-feira dos representantes da China Telecom e do fundo TPG que a Oi precisa de R$ 10 bi em dinheiro novo para se tornar viável, segundo reportagem da Folha. A China Telecom e o TPG planejam comprar a Oi sob duas condições: a aprovação pelo Congresso de uma lei que transforma a concessão na telefonia em autorização e a negociação, em separado, da dívida de cerca de R$ 20 bi em multas da Anatel. Já o Conselho da Anatel deliberou pela manutenção do regime de acompanhamento econômico-financeiro especial das empresas do Grupo Oi, com ênfase na análise da viabilidade e da robustez da versão final do plano de recuperação judicial, inclusive após sua eventual aprovação na assembleia geral de credores, disse a Anatel em nota à imprensa. Vale (VALE3;VALE5)
Uma liminar do Tribunal de Justiça de Minas Gerais (TJMG) proibiu a mineradora Vale de dar prosseguimento à implantação da Barragem Maravilhas III, no município de Itabirito (MG). A decisão também determina que o governo de Minas Gerais se abstenha de conceder qualquer licença relacionada ao empreendimento. O despacho foi assinado nessa segunda-feira (30), pelo juiz Michel Curi e Silva, da 1ª Vara da Fazenda Pública e Autarquias da Comarca de Belo Horizonte. Ele atendeu a um pedido formulado pelo Ministério Público de Minas Gerais (MPMG), que apresentou ação civil pública apontando irregularidades no processo de concessão da licença prévia para implantação da barragem. De acordo com os procuradores, Maravilhas III foi projetada como parte integrante do Complexo Minerário Mina do Pico, onde são executadas atividades de lavra de minério de ferro. No entanto, segundo o Ministério Público, a obra colocaria em risco a comunidade localizada à jusante da barragem, além de uma Estação de Tratamento de Água Bela Fama, gerida pela Companhia de Saneamento de Minas Gerais (Copasa), responsável por abastecer aproximadamente 48% da população da região metropolitana de Belo Horizonte. Na decisão, o magistrado citou parecer da Superintendência Regional de Meio Ambiente, órgão vinculado à Secretaria de Estado de Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável, que comprovaria a existência de núcleos populacionais na “zona de autossalvamento”. De acordo com Michel Curi e Silva, trata-se de um “local onde não haverá tempo para intervenção do Poder Público em caso de acidente com a estrutura de contenção da barragem de rejeitos”. O juiz citou ainda a tragédia de Mariana (MG), que completa dois anos no próximo domingo (5). Na época, o rompimento de uma barragem da Samarco, empresa controlada pela Vale e pela BHP Billiton, provocou o maior desastre ambiental do país e levou 19 pessoas à morte. “A recente tragédia ambiental, sem precedentes, (…) deveria ser suficiente para rechaçar a utilização de vetustas barragens de rejeitos, há muito ultrapassadas por tecnologias existentes e disponíveis para o mesmo fim”, destacou o juiz na decisão. Eletrobras (ELET3;ELET6)
Segundo o Estadão, o presidente Michel Temer enviará a proposta de privatização da Eletrobras por meio de projeto de lei e não por medida provisória (MP), afirmou o líder do governo na Câmara, deputado Aguinaldo Ribeiro (PP-PB). Segundo ele, ainda não há previsão de envio da matéria. “O governo não iria mandar um assunto polêmico desses por MP. Falei com o presidente, que me garantiu que será por projeto de lei”, disse o parlamentar ao jornal. Cemig (CMIG4)
O rating global da Cemig foi rebaixado a B3 pela Moody’s e colocado em revisão para possível novo rebaixamento. O rebaixamento reflete o progresso limitado na execução/formalização do plano de refinanciamento, incluindo a proposta de emissão de US$ 1 bilhão em eurobônus diante do vencimento de dívidas de R$ 3,3 bilhões até dezembro de 2017, segundo o relatório. A posição de liquidez da companhia se deteriorou, como exemplificado pela postergação, por 60 dias, de R$ 459 milhões em dívidas com o Banco do Brasil com vencimento em outubro de 2017, acompanhado de maiores custos financeiros e covenants mais rígidos. Os ratings levam em consideração a posição de mercado ainda sólida e a carteira de ativos da companhia, bem como a estrutura de capital e os níveis de alavancagem que fornecem a base para execução do plano de financiamento. OSX (OSXB3)
O Conselho de Administração da OSX elegeu Marcos Cattan Júnior diretor-presidente. Camil (CAML3)
A Camil aprovou a emissão de R$ 200 milhões em debêntures em série única para colocação privada, segundo comunicado ao mercado. Os recursos serão usados para cumprir obrigações de compra de açúcar e vinculados à emissão de um CRA. O prazo é de 4 anos e a remuneração é equivalente a 98% da variação do CDI. Restoque (LLIS3)
A coluna do Broad, do Estadão, informa que a Restoque já contratou os bancos de investimento que estruturarão sua oferta de ações, prevista para ocorrer em novembro. A emissão será a porta de saída para os fundos Advent e Warburg Pincus, que detêm, juntos, cerca de 48% da companhia. Procurada pela publicação, a Restoque não comentou. Construtoras
De acordo com o Bradesco BBI, as construtoras atuantes no segmento da baixa renda estão sendo afetadas negativamente pelas notícias relacionadas à utilização do FGTS. Contudo, os sólidos resultados que devem ser reportados por estas empresas ajudam a superar esses momentos de adversidade. “Os recursos do FGTS, que somam R$ 130 bilhões atualmente, são claramente uma tentação em um momento em que o Governo tem poucas ferramentas para estimular o consumo. Contudo, preservar os programas de habitação para a população de baixa renda é, em nossa opinião, uma prioridade para muitos governantes, e é por isso que não estamos preocupados com esses desdobramentos”, afirmam os analistas do banco. Entre as opções no mercado, MRV (MRVE3) e Tenda (TEND3) continuam sendo as preferidas dos analistas. (Com Agência Estado e Agência Brasil)
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