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O Ministério de Minas e Energia deverá abrir audiência pública na próxima quinta-feira (22) para debater as regras de prorrogação de concessão que afetarão todas as distribuidoras, com exceção de Copel (CPLE6) e Cemig (CMIG4).
Na avaliação do Bradesco BBI, as discussões podem causar alguma instabilidade no início, pois o governo pode propor estender a concessão para cobrar um “capex social” obrigatório (não adicionado ao RAB, ou base de ativos regulatórios). Esta discussão é bastante esperada pelo mercado, apontam os analistas do banco.
O BBI tem uma visão construtiva sobre a forma como o processo irá terminar, uma vez que as distribuidoras têm sólidos argumentos técnicos para contra-atacarem quaisquer medidas propostas. Por seu lado, as distribuidoras também têm a necessidade do setor continuar a investir na melhoria da qualidade do serviço, o que interessa ao Governo.
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Do lado negativo, o banco pontua que é improvável que a eliminação dos incentivos fiscais SUDAM/SUDENE seja proposta, mas como o governo oferecerá novos contratos de concessão para os players assinarem, essa questão pode ressurgir. Assumindo a eliminação total do incentivo fiscal, as empresas mais afetadas seriam Neoenergia (-12% do valor de mercado), Energisa (-11%) e Equatorial (-10%).
Com esse evento em foco e valuations mais caros, o Bradesco BBI optou por cortar as recomendações das ações de Equatorial (EQTL3) e Energisa (ENGI11) para neutro. O preço-alvo é de R$ 33 para EQTL3 (potencial de valorização, ou upside, de 7% em relação ao fechamento de sexta-feira) e de R$ 50 para ENGI11 (upside de 11%).
A equipe de research do banco destaca que ambos papéis subiram cerca de 16% nos últimos três meses, em linha com o Ibovespa, e agora negociam a taxas internas de retorno (TIRs) reais mais apertadas de 8,5% para Equatorial e 9,0% para Energisa.
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O banco tem recomendação neutra, além de Equatorial e Energisa, para Neoenergia (NEOE3) e CPFL (CPFE3), com preços-alvo respectivos de R$ 20 (upside de 2%) e de R$ 40 (upside de 25%).
O BBI ainda aponta a sua preferência no setor por Copel (CPLE6), Sabesp (SBSP3) e Eletrobras (ELET3) entre as utilities.