Bradesco BBI eleva Stone e PagSeguro a compra, mas destaca preferência por uma delas

Recente performance abaixo da média de ambas as ações fornece pontos de entrada atrativos, mas ressalta preferência por Stone

Felipe Moreira

Stone (Foto: Divulgação)
Stone (Foto: Divulgação)

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Com uma visão construtiva para o negócio de adquirência, o Bradesco BBI elevou para uma recomendação outperform (desempenho acima da média do mercado, equivalente à compra) para PagSeguro (BDR: PAGS34) e Stone (BDR: STOC31) e preço-alvo de, respectivamente US$ 16 e US$ 18 para os ativos negociados na Nasdaq, ou potenciais de alta respectivos de 37% e 42% em relação ao fechamento da véspera.

O BBI comenta que ambas empresas conseguiram manter suas participações de mercado, com um crescimento razoável do Volume Total de Pagamentos (TPV, na sigla em inglês), ao mesmo tempo que melhoraram a lucratividade desde o início de 2022, sugerindo um ambiente de precificação mais racional na indústria.

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Além disso, segundo o banco, o desenvolvimento das soluções bancárias de PagSeguro e Stone podem trazer ventos favoráveis aos seus resultados operacionais devido ao aumento da receita financeira e à diminuição da pressão de captação.

Como resultado, analistas esperam que as relações de lucro bruto/TPV permaneçam fortes nos próximos dois anos, refletindo um crescimento razoável das transações e taxas de captação sustentadas pela oferta de produtos de valor agregado.

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Stone e PagSeguro oferecem bom ponto de entrada

A recente performance abaixo da média de ambas as ações fornece bons pontos de entrada, na avaliação do BBI. O banco pontua que a Stone teve uma performance inferior à maioria de seus pares de instituições financeiras não bancárias no acumulado do ano, caindo até 29%, contra a média de menos 16% dos pares, enquanto as ações da PagSeguro caíram 6% no acumulado do ano.

Com isso, o banco vê as ações de ambas oferecendo pontos de entrada atraentes, já que a Stone está negociando a 9,3 vezes Preço (P) /Lucro (L) para 2024, bem abaixo da média histórica de 17,3 vezes e a PagSeguro sendo negociada a 8,4 vezes P/L 2024, também abaixo da média histórica de 11,2 vezes P/L, enquanto seus pares globais estão sendo negociados a uma média de 25,8 vezes P/L.

Preferência pela Stone

Analistas do BBI possuem uma leve preferência pela Stone devido ao seu forte momento de lucro, maior expansão da taxa de captação, além de uma avaliação atraente.

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Eles lembram que o retorno sobre patrimônio líquido (ROEs) da Stone está subindo de dígitos baixos para dígitos baixos/médios no período, enquanto a Pagseguro relatou ROEs mantidos em 14%.

Segundo relatório, a Stone continua a focar e sustentar um bom crescimento no segmento MSMB, que opera com margens mais atraentes, e também destaca que essa estratégia ajudou a impulsionar uma melhoria significativa no lucro bruto da empresa como percentual do TPV.

Como resultado, a combinação de um top-line mais forte e maiores ganhos de eficiência, o BBI estima que a Stone entregue um lucro líquido ajustado de R$ 2,2 bilhões em 2024, 13,6% acima do guidance da empresa e 2,1% acima das estimativas de consenso da Bloomberg de R$ 2,1 bilhões.

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PagSeguro

O BBI também tem uma visão positiva sobre o PagSeguro, pois a empresa tem apresentado crescimento sequencial tanto nas linhas superior quanto inferior durante os últimos dois trimestres, mantendo tendências de lucro bruto/TPV amplamente estáveis, apesar da expansão para clientes maiores, o que deve continuar a impulsionar um crescimento decente do TPV para os próximos trimestres.

Conforme analistas, a empresa parece estar no caminho certo para entregar resultados acima da sua projeção para o ano fiscal de 2024, como seus sólidos resultados do 1T24 já apontam.

Segundo projeções, o crescimento mais forte da receita e as despesas de captação controladas devem levar a um lucro líquido não-GAAP de R$ 2,2 bilhões para o PagSeguro em 2024, 4,0% acima do topo de suas projeções e das estimativas de consenso da Bloomberg.

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Além disso, a PagSeguro tem um negócio bancário mais forte, com uma carteira de empréstimos mais diversificada e madura, enquanto a empresa também tem apresentado melhorias importantes na qualidade dos ativos, e atualmente detém mais de R$ 30 bilhões em depósitos, suportando um melhor custo de captação nas operações de pré-pagamento.