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Em teleconferência com analistas sobre a divulgação de resultados do quarto trimestre de 2021, o presidente do Bradesco (BBDC4), Octavio de Lazari Jr, afirmou que espera que a inadimplência continue a subir em 2022, mas “de maneira controlada”.
O balanço da empresa indicou que a inadimplência teve uma alta quando comparado com o trimestre passado, chegando a 2,8%, ante 2,6% no terceiro e 2,2% em igual período de 2020.
As ações registram uma sessão de forte queda: às 13h45 (horário de Brasília), a baixa era de 7,83%, a R$ 20,94.
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Lazari ressaltou: “já tivemos índices de inadimplência históricos que chegaram a bater 5,5%, agora estamos em 3,8%”. Ele destacou que o Bradesco acredita “na boa qualidade de crédito” e índices de cobertura para as carteiras de negociados e inadimplentes mantendo os níveis confortáveis.
Em seu balanço de resultados, o Bradesco informou reclassificação de títulos no valor de R$ 1,881 bilhão no quarto trimestre da carteira de “disponíveis para venda” para “negociação”, e giro no mercado de instrumentos financeiros.
Na teleconferência com analistas, Lazari Jr. afirmou que o forte crescimento da taxa de juros, de 2% para 10,75% em menos de dez meses, justificou a rodagem dos títulos. Ele classificou o movimento como “pontual”, e disse que este ocorreu em busca de uma taxa de juros mais favorável, visando ter “normalidade da carteira” em 2022.
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Na conferência com jornalistas, o CEO também afirmou que a compra do Banemex, unidade do Cigroup no México que está à venda, “não faria sentido”. “Gostar, gostaríamos, o México é um mercado muito grande, eu diria que é como o Brasil de cinco anos atrás, com muita gente para bancarizar. Mas é um banco grande de R$ 40 bilhões ou R$ 50 bilhões, e há pouco tempo compramos o HSBC”.
O executivo fez o comentário após ser questionado por uma jornalista sobre o Banemex, operação do Citi no México que está à venda.
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Sinistralidade com Covid
Na teleconferência com analistas, Ivan Gontijo, presidente do Bradesco Seguros, disse esperar que a sinistralidade atrelada à Covid caia em 2022. Ele afirmou que, mesmo com a aceleração da propagação do coronavírus, a vacinação dos segurados vem levando a menos internações e mortes.
Balanço divulgado pelo Bradesco indicou R$ 5,029 bilhões em sinistros avisados relacionados à Covid em 12 meses em 2021, frente a R$ 1,844 bilhão em 2020. A sinistralidade subiu de 73% em 12 meses em 2020 para 81,6% em 2021. Sem Covid, a sinistralidade seria de 68,7% em 2020 e de 69,6% em 2021.
Gontijo disse que espera 10% de crescimento de prêmios em 2022 frente a 2021, e que o resultado financeiro será beneficiado pelo CDI maior. Ele afirma que o banco deverá ter cerca de 65% do crescimento operacional no grupo segurador, atrelado a um crescimento de cerca de 35% no lado financeiro. Esses fatores, junto à perspectiva de redução da sinistralidade com a Covid, embasam a guidance de entre 18% e 35% do Bradesco Seguridade, afirmou Gontijo.
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