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A GP Investments (GPIV33) comunicou na madrugada de sábado (14) acordo com a THB que contempla uma oferta pública de ações voluntária (OPA) para comprar 100% do capital da empresa de investimentos em imóveis BR Properties (BRPR3), ao preço de R$ 1,60 por papel. A ação BRPR3 fechou em alta de 1,81%, a R$ 6,18, mas chegou a R$ 6,46 na máxima do dia. 06
Os papéis fecharam na sexta a R$ 6,07, mas o valor deve cair de forma significativa após a redução de capital proposta na semana passada.
A GP compraria, na prática, a participação do Adia, o fundo soberano de Abu Dhabi que tem cerca de 61% da empresa por meio de um fundo administrado, e dos acionistas minoritários, que representam o free float (ação em circulação no mercado) da empresa.
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De acordo com o fato relevante da GP Investimentos, o lançamento da OPA está condicionado à aprovação da redução de capital de R$ 2,5 bilhões a ser avaliado em assembleia de acionistas marcada para 24 de janeiro.
“O preço da oferta já leva em consideração o impacto da referida redução de capital, e é anterior ao grupamento de ações que será deliberado na mesma assembleia”, afirmou a GP.
O Citi destacou que, considerando o preço de fechamento da sexta-feira, de R$ 6,07, e a proposta de redução de capital de R$ 5,41 por ação, o preço do papel ex-dividendo seria de R$ 0,66, o que significa que a oferta prevê um prêmio de 141%.
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“Nós enxergamos a oferta pública como positiva para os minoritários se a redução de capital for adiante, dada a baixíssima liquidez que a ação terá”, afirmaram Andre Mazini e equipe em relatório a clientes.
De acordo com o Bradesco BBI, o anúncio não pode ser considerado uma surpresa após a ocorrência de uma série de eventos no ano passado, mais precisamente desde maio de 2022. Contudo, os analistas apontam que a oferta ocorreu antes do que os esperavam, projetando assim uma reação positiva das ações.
Eles destacam que a GP informa um valor de “pelo menos R$ 1,60 por ação” (totalizando R$ 743 milhões), o que sugere que pode haver espaço para aumentar a oferta.
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“Estimamos que a oferta atual de R$ 1,60 por ativo BRPR3 seja equivalente a cerca de 0,57 vez o Valor Presente Líquido (NAV, na sigla em inglês) o que pode parecer baixo. Como exercício, se o ofertante aumentar o lance para 0,8 vez o NAV (R$ 2,25 por ação), o upside [potencial de valorização] sobre o preço de BRPR3 subiria para 26% (versus os atuais 15%).
Uma oferta mais alta, no entanto, deve levar em consideração a avaliação das contingências off-balance (fora do balanço) da BR Properties, como a perda anunciada recentemente de R$ 98 milhões no processo Monark”, afirmam os anaistas.
O total de contingências no valor das demonstrações financeiras da BR Properties é de cerca de R$ 1 bilhão (versus o NAV estimado de R$ 1,3 bilhão) – um valor que reflete um cenário improvável de pior caso e não tem prazo definido -, mas que deve ser precificado com algum nível de probabilidade (provavelmente baixo, mas não zero). Assim, o BBI vê um lance mais alto possível, mas não certo.
“Se a retirada da poison pill do estatuto da companhia (que coíbe a aquisição de participação relevante) for aprovada, entendemos que a participação da Adia é suficiente para fazer uma oferta bem-sucedida. Nesse sentido, caso os acionistas minoritários venham a rejeitar a proposta e/ou a saída do Novo Mercado, a empresa continuaria listada, mas com um novo acionista controlador – e uma liquidez de ações muito limitada”, apontam os analistas.
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O Itaú BBA reforça as condições e os próximos passos. A oferta pública está condicionada: i) à aprovação da redução de capital a ser votada na assembleia geral de 24 de janeiro; ii) a remoção da poison pill e iii) à saída voluntária da BR Properties do segmento de listagem do Novo Mercado. Depois disso, a GP publicará edital formalizando as condições da oferta.
“Observe que a assembleia geral para votação dos itens (ii) e (iii) ainda não foi convocada pela BR Properties. Se
esses itens não forem aprovados pelos acionistas, a GP poderia fazer uma oferta de até 75% das ações”, aponta.
Os analistas ainda retiraram a sua recomendação de BR Properties para sem recomendação, já que veem que a ação provavelmente não será mais negociada com base em fundamentos.
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(com Reuters)
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