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No Radar InfoMoney desta quarta-feira (29) destaque para a nova oferta da Centauro à Netshoes e à Vale com a possibilidade retomada das operações da Samarco em 2020. Confira esses e outros destaques.
Magazine Luiza (MGLU3) e Centauro (CNTO3)
A varejista Centauro não desistiu da aquisição das operações da Netshoes e elevou, novamente, sua proposta para a aquisição da empresa com ações negociadas em Nova York. Em fato relevante publicado ontem à noite, a Centauro informa que elevou para US$ 3,50 por ação sua proposta para a aquisição do controle da empresa. A proposta anterior havia sido de US$ 2,80, que acabou sendo coberta pela varejista Magazine Luiza, por US$ 3,00 por ação. A Netshoes, com essa nova oferta, seria vendida por US$ 109 milhões.
Segundo o documento, a Centauro iria garantir à Netshoes determinadas condições comerciais complementares, “visando garantir maior celeridade à implementação e conclusão da transação no caso da proposta revisada ser aceita”. Ainda segundo o fato relevante, a proposta viabilizaria um aporte de recursos de até R$ 70 milhões na Netshoes, imediatamente após a aprovação em seu “special shareholders meeting” da incorporação (all cash merger) da Netshoes pela companhia.
BR Distribuidora (BRDT3)
O conselho de administração da BR Distribuidora aprovou a indicação de Rafael Grisolia, CEO da companhia para a nova equipe executiva. Além dele, foram indicados Flávio Coelho Dantas (como o novo Diretor de Varejo), Marcelo Fernandes Bragança (ao cargo de Diretor de Operações e Logística), Marcelo Cruz Lopes (como novo diretor das divisões de Mercado Corporativo e Lubrificantes) e André Corrêa Natal, como no CFO e diretor de Relações com Investidores.
Para o analista do Itaú BBA, André Hachem, o anúncio é visto como positivo e como o primeiro marco na reviravolta da empresa, com uma possível privatização. “Esperamos uma reação positiva do mercado”, escreveu em relatório. “Acreditamos que a mudança na gestão, com nomes bem conceituados, ajudará a liberar valor sob o potencial processo de privatização, juntamente com o desenvolvimento de uma estratégia de crescimento sustentável”, escreveu.
Vale (VALE3)
Os contratos futuros do minério de ferro recuavam 1,58% nesta manhã na bolsa de Dalian, a 748,00 iuanes, equivalentes a US$ 108,26, apos a gigante siderúrgica Arcelormittal anunciar um novo corte de produção na Europa, com o objetivo de ajustar “os níveis de produção europeus para alinhar mais a sua produção com a atual procura do mercado”.
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No radar da mineradora, cabe destacar as perspectivas de que o rompimento da Mina de Gongo Soco, em Barão de Cocais, Região Central de Minas Gerais, possa causar um dano menor do que o esperado inicialmente. O diretor de Operações da Vale, Marcelo Barros, afirmou em vídeo, que “grande possibilidade” de que se o material deslizar para dentro da cava, o seu impacto possa ser diminuto.
Dessa forma, a hipótese do rompimento poderia ter impactos menores sobre a Barragem Sul Superior. “Tanto o talude quanto a barragem são monitorados 24 horas por dia e toda a previsão é revisada diariamente. Há uma grande possibilidade de o talude, uma vez deslizando, se acomode dentro da cava, sem maiores consequências”, afirma Barros no vídeo.
Controlada pela Vale e BHP, a mineradora Samarco poderá voltar a operar em 2020, segundo o jornal Valor Econômico. A publicação destaca que a empresa vem intensificando contratos com antigos clientes para tentar refazer contratos e já calcula que terá margem elevada de lucro logo no inicio de sua retomada.
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As atividades da Samarco foram interrompidas em novembro de 2015, por conta do rompimento da barragem de Fundão, em Mariana (MG). Segundo o presidente da companhia, Rodrigo Vilela, a retomada é esperada para o segundo semestre do próximo ano.
A paralisação das atividades da Samarco geram gastos às duas sócias de US$ 180 milhões por semestre, mas são uma fração diante dos gastos aportados até agora com indenizações e auxílios financeiros aos atingidos pela tragédia.
Azul (AZUL4) e Gol (GOLL4)
A Justiça rejeitou ontem a oferta da Azul para ficar com os ativos da Avianca Brasil por US$ 145 milhões. O juiz Tiago Henriques Papaterra Limongi, da 1.ª Vara de Falência do Estado de São Paulo, afirmou em decisão que a Azul não tem legitimidade para invalidar o plano de recuperação aprovado anteriormente, que prevê o leilão de sete Unidades Produtivas Isoladas (UPIs) contendo os ativos da Avianca – basicamente autorizações de pouso e decolagem em aeroportos.
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“Na qualidade de titular de crédito extraconcursal (a Azul tem a receber R$ 16 mil da Avianca), a embargante carece (…) de legitimidade para impugnar o plano de recuperação judicial homologado pelo juízo”, escreveu Limongi.
O plano de recuperação está travado, pois o leilão das UPIs foi suspenso, após outros credores o questionarem. A Latam e a Gol tinham se comprometido a ficar, cada uma, com uma das UPIs por US$ 70 milhões. O acordo foi fechado com a gestora americana Elliot, detentora de 74% da dívida de R$ 2,7 bilhões da Avianca Brasil.
Na decisão de ontem, o juiz afirmou ainda que a proposta da Azul dependeria de um leilão, em modelo semelhante ao da Latam e da Gol, que já vem tendo dificuldade em avançar.
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Santander (SANB11)
O Estadão destaca que a presidente do Grupo Santander, Ana Botín, prevê que as operações brasileiras do banco devem responder por 30% dos 2 bilhões de euros que o grupo espanhol pretende investir em tecnologia neste ano. A fatia faz parte de um orçamento maior do conglomerado, superior a 20 bilhões de euros, em tecnologia e digitalização nos próximos anos.
Um dos movimentos que deve consumir parte dos recursos é a expansão global da plataforma de inclusão financeira, a Superdigital. Adquirida em 2015 de uma fintech, ainda sob o nome ContaSuper, a conta digital pré-paga já está disponível, conforme Ana, no Chile e no México, mas o banco quer ir além.
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Sobre o tamanho da filial brasileira no grupo espanhol, que bateu a marca história de 29% dos resultados globais em março, Ana disse que o banco está em “outro nível” no País. “Nos últimos quatro anos, o peso do Brasil, que era de 20% nos resultados globais do grupo, passou para 30%”, disse.
Bancos
O grupo de doleiros que colaborou com o ex-governador do Rio de Janeiro Sérgio Cabral e a construtora Odebrecht para o pagamento de propinas usou contas correntes abertas nos bancos Bradesco, Itaú, Santander e Caixa para lavar o dinheiro, segundo o UOL. A constatação é resultado de investigação da força-tarefa da Operação Lava Jato no Ministério Público do Rio de Janeiro, que vê falhas das instituições financeiras em controlar crimes praticados com a ajuda de seus serviços.
Para conseguir a abertura de conta de empresas de fachadas, os doleiros contaram com a ajuda ou falha de funcionários, que não checaram os dados cadastrais falsos das companhias ou mesmo receberam propinas em troca das facilidades.
Sabesp (SBSP3) e Sanepar (SAPR11)
A Medida Provisória 868, que altera o marco legal do saneamento deve ser retirada da pauta da Câmara. De acordo com o jornal Valor Econômico, como o texto caduca na próxima segunda-feira, deputados e o governo articulam um projeto de lei disciplinando o tema, em regime de urgência. A proposta viabilizaria a privatização de companhias estaduais de saneamento.
Movida (MOVI3)
A Movida fará a emissão de debêntures no montante de R$ 700 milhões, informou ontem à noite. Segundo o fato relevante, a Emissão será realizada em até três séries, no sistema de “vasos comunicantes” para a segunda e terceira séries, observado o montante mínimo de R$ 150 milhões para as debêntures da terceira série e o montante total de R$ 250 milhões para a primeira série.
Santos Brasil (STBP3)
O Bradesco BBI elevou a recomendação para as ações da Santos Brasil para outperform e preço-alvo de R$ 6, destacando que os resultados devem registrar melhora com recuperação de demanda, reajuste de preços acima da inflação e fusões e aquisições.
(Agência Estado)