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O principal ETF da Bolsa brasileira, o BOVA11, que reflete a performance do Ibovespa, encontra-se “à beira de uma fase desafiadora”, sobretudo para investidores de pequeno e médio porte, que ingressaram desde o final do ano passado, segundo análise técnica elaborada pela Anova Research, no modelo de Wyckoff, a pedido do InfoMoney.
“Julgamos que o cenário de maior probabilidade é que a pressão vendedora se intensifique até início de abril, elevando o risco de uma capitulação mais ampla entre os participantes do mercado menos resilientes. Esse cenário poderia desencadear uma cascata de vendas, com stop-loss, exacerbando a queda do mercado”, aponta o estudo.
Entretanto, “esse momento crítico” também oferecerá a possibilidade de um ponto de inflexão para o BOVA11, que no final de dezembro do ano passado, atingiu sua máxima histórica, aos R$ 130,52. Desde então, o ETF acumula perdas de cerca de 4,6%. Nesta quarta-feira, o BOVA11 sobe 0,2%, por volta das 11h, com preço de R$ 124,38.
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“Uma absorção significativa das ofertas de venda deverá estabelecer um piso (para o BOVA11), abrindo caminho para uma recuperação subsequente”, aponta a análise, que enxerga essa “inflexão” entre os meses de março e abril (veja gráfico abaixo).
Análise técnica: BOVA11
“No curto prazo, existe uma forte necessidade de inclinar as escolhas para o lado do risco. A perspectiva de se beneficiar mais intensamente da retomada do mercado, quando a relação risco-oportunidade for favorável, novamente, aponta para o início do segundo trimestre”, aponta a análise.
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A ANova acrescenta, sobre as projeções de curto prazo, que um movimento de alta, do ETF, estaria limitado, para o BOVA11, aos R$ 125,50 – antes de uma possível volta da “acumulação”.
Por fim, a análise reforça uma visão negativa sobre uma retomada estrutural do Ibovespa, já que a correção, iniciada em janeiro, deverá se “acentuar nas próximas” semanas.”
Modelo de Wyckoff
O estudo da ANova se baseia na análise técnica do modelo de Wyckoff, que busca antecipar os passos do mercado com base na estrutura de “acumulação” – período em que investidores institucionais ou grandes players compram ações, enquanto o preço está baixo ou estabilizado – ou “distribuição”, que é o movimento inverso.
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